Os casos brutais ganharam as manchetes e a atenção do público
Manoela Cardozo Publicado em 23/01/2023, às 10h36
Crimes cruéis chocam o Brasil e sempre se tornam assuntos muito comentados entre a população.
Assassinatos motivados por ciúme, traição, dinheiro, vingança ou, até mesmo, pura desumanidade ganham cada vez mais a atenção dos brasileiros.
Veja abaixo alguns dos crimes chocantes que dominaram as manchetes e pararam todo o Brasil:
Elize Matsunaga
Em maio de 2012, Elize Matsunaga matou e esquartejou o corpo de seu marido, Marcos Matsunaga, diretor-executivo da Yoki — popular empresa brasileira.
Com várias crises no casamento, ela surpreendeu o esposo no dia 20 daquele mês com um tiro na cabeça, segundos depois que ele entrou na própria casa.
O relacionamento dos dois, que teve início em 2004, era repleto de brigas e desconfiança. Elize era ex-garota de programa e acreditava que o marido a estava traindo. Marcos, por sua vez, ameaçava pedir o divórcio e impedir que Elize visse a filha do casal.
O crime comoveu o país inteiro e, inicialmente, foi considerado passional, mas depois tornou-se explícito para a Justiça que o real motivo do ato de Elize seria a grande herança de Marcos.
A assassina foi sentenciada a 19 anos e 11 meses, e hoje está em regime semiaberto.
Eliza Samudio
Em junho de 2010, Bruno, o goleiro do Flamengo, um dos maiores times do país, se envolveu no que se tornaria um dos casos mais brutais, misteriosos e polêmicos do Brasil.
O assassinato de sua amante e mãe de seu filho, Eliza Samudio. Até hoje o crime não foi completamente solucionado.
Mandante do homicídio, o atleta teria ordenado que seus colegas sequestrassem, espancassem, matassem e ocultassem o cadáver da mulher — que até hoje não foi encontrada.
Na época do crime, o sumiço de Eliza chegou aos ouvidos das autoridas através de uma denúncia anônima.
Mesmo alegando ser inocente, o goleiro Bruno foi condenado por homicídio triplamente qualificado, mas nunca revelou a razão por trás do ato desumano.
Isabella Nardoni
O caso Isabella Nardoni é considerado até hoje um dos piores crimes brasileiros já documentados.
O crime hediondo chocou a população pela capacidade dos assassinos de cometerem um ato de crueldade não só contra uma criança, mas contra sua própria família.
Tudo aconteceu na madrugada do dia 29 março de 2008. A polícia foi acionada por inúmeros moradores do prédio de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.
O homem afirmou que depois de um roubo, sua filha de cinco anos foi arremessada pela janela do apartamento do sexto andar.
A menina morreu a caminho do hospital, dando início a investigação que revelou detalhes de um homicídio brutal.
Depois de muitos depoimentos e perícias, a polícia finalmente chegou aos culpados do assassinato: o pai e a madrasta de Isabella.
Durante a autópsia, os legistas descobriram que a menina foi asfixiada antes mesmo de ser jogada do prédio.
Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos de prisão, enquanto Anna Carolina Jatobá recebeu 26 anos de cárcere. Hoje, ela está em regime semiaberto enquanto o pai assassino segue em regime fechado.
Suzane Von Richthofen
O Brasil parou em outubro de 2002. Havia acontecido um dos homicídios mais brutais da história do país.
Suzane Von Richthofen assassinou os próprios pais Marísia e Manfred Von Richthofen a pauladas, com a ajuda do namorado, Daniel Cravinhos e seu irmão, Christian Cravinhos.
O caso se tornou o assunto mais comentado na mídia e se tornava cada vez mais obcuro, a medida em que novas descobertas eram feitas.
Suzane foi a mandante do crime, motivado unicamente pelo dinheiro da herança. Ela e os irmãos Cravinhos foram condenados a 39 anos de prisão.
Suzane Von Richthofen foi solta recentemente, passando para o regime aberto.
O sequestro de Eloá Cristina Pimentel
Em outubro de 2008, todo o Brasil parou para acompanhar o que acontecia no ABC Paulista.
Eloá Pimentel e outros três amigos de escola estavam fazendo um trabalho em sua casa, quando o ex-namorado da jovem invadiu a residência e fez o grupo de refém.
O caso se tornou o mais longo sequestro em cárcere privado da história da cidade de Sâo Paulo e teve um desfecho trágico: inconformado com o fim do relacionamento, Lindemberg Fernandes Alves atirou e matou a ex-parceira.
O caso que causou polêmica e revolta pela grande — e atrapalhada — cobertura da mídia nacional. Durante os cinco dias, todos os noticiários acompanhavam o desdobramento do sequestro e davam para o criminoso o que ele mais queria: atenção.
Depois de esgotarem os recursos de negociação da Polícia Militar com Lindemberg, invadiram o apartamento, alegando terem ouvido um barulho de disparo de arma de fogo.
No momento assustador, o criminoso efetuou dois tiros. Um deles atingiu Eloá, que veio a óbito rapidamente.
Lindemberg foi condenado a 39 anos de prisão e hoje cumpre pena em regime semiaberto.
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