Delegado responsável pelo caso explicou as motivações para o crime
Mateus Omena Publicado em 18/08/2022, às 18h11
Uma mulher foi presa na quarta-feira (17) e está sendo investigada pela morte da própria avó, de 69 anos, que foi asfixiada com um cinto e, em seguida, teve o corpo carbonizado.
Amanda Garcia Borba, 28, foi detida após ligar para a Polícia Militar e revelar o crime. Segundo o delegado Pedro Democh, ela contou que a vítima "seria a pivô de diversos transtornos que ocorriam na família”.
"Na semana passada, a mãe da suspeita sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e ela culpava a avó", relatou o delegado ao portal UOL. Depois da morte da avó, Amanda teria colocado o corpo em uma mala e ateado fogo, mas, logo em seguida, acionou a PM.
"Momentos antes do crime, a neta insistiu que seu companheiro fosse trabalhar, para que, assim, tivesse tempo para cometer o crime. Após a morte da idosa, ela tentou cavar uma cova nos fundos da residência, porém desistiu, ao ver que não conseguiria, demonstrando, aparentemente, uma premeditação quanto ao cometimento do crime", disse o delegado.
Amanda foi encaminhada à Delegacia de Pontalina e responderá por homicídio qualificado.
O registro da ocorrência explica que a PM chegou na casa e viu Amanda saindo da residência e com fumaça no interior do local, já que o corpo da idosa ainda estava em chamas. Em seguida, a suspeita foi detida e teria confessado o crime.
"A irmã da autora, menor de 18 anos, dormia dentro de um quarto da casa, e afirmou que não tinha conhecimento do que estava acontecendo. No momento em que a menina foi localizada no quarto, a porta estava trancada com a chave do lado de fora", afirma o documento.
De acordo com o advogado André Henrique, Amanda sofre de depressão. Ele declarou que está assumindo o caso e buscando detalhes do inquérito. No início da noite de ontem (17), no entanto, o defensor abandonou o caso.
A advogada Nayara Cristine Silva assumiu a defesa da suspeita. A representante disse que, embora a jovem tenha confessado o crime à Polícia, não houve a intenção de cometer o assassinato contra a avó.
"Ela estava em surto, e numa situação acalorada ocorreu essa fatalidade, mas não houve premeditação. A mãe dela está internada com AVC, além da jovem passar por um momento depressivo, e tudo isso teve influência direta", afirmou a advogada que pretende buscar a soltura da suspeita para que ela responda o processo em liberdade.
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