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Violência

Ex-amante explica porque esfaqueou o candidato a deputado federal

O caso aconteceu nesta segunda-feira (26)

Daisa Garcia relatou ter sofrido agressões por parte de seu ex-amante - Imagem: reprodução Instagram @daisagarcialuxuozinha
Daisa Garcia relatou ter sofrido agressões por parte de seu ex-amante - Imagem: reprodução Instagram @daisagarcialuxuozinha

Bianca Souza Publicado em 28/09/2022, às 09h57


Daisa Garcia, suspeita de ter esfaqueado seu amante, o empresário e candidato a deputado federal, Saulo Batista, é conhecida em suas redes sociais como "Luxuosinha". A influenciadorada digital aproveitou seus mais de 21 mil seguidores, para denunciar o ex-amante por agressão.

Em entrevista ao UOL, Daisa relatou que estava com medo de se pronunciar sobre os últimos acontecimentos. Ela afirma que por "conhecer muito bem" o comportamento do seu ex-amante, tem medo de sofrer algum ataque.

Juntos por mais de 2 anos, Daisa e Saulo viviam no mesmo prédio, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Segundo a influenciadora, o casal não morava no mesmo apartamento para que Daisa pudesse ter privacidade com sua filha de 13 anos.

Daisa relatou que no domingo (25), havia levado sua filha até a casa do pai e, quando retornou, percebeu que a senha da fechadura do seu apartamento havia sido trocada.

"No domingo, levei minha filha até o pai. Quando voltei, a senha da minha fechadura havia sido trocada. Fui tirar satisfação com ele e tivemos outra briga. Só que dessa vez, além de xingar, ele começou a me bater e puxar meus cabelos, me arrastando pela casa. Depois tentou me sufocar como travesseiro", relatou a influenciadora.

Daisa contou ainda que, o porteiro do prédio chegou a chamar a polícia, mas ela não quis prestar queixa, alegando não querer prejudicar a campanha política do ex-amante.

Já na segunda-feira (26), Daisa relatou que foi até o flat de Saulo para buscar coisas que havia deixado lá, com a intenção de recolher tudo e ir embora. "Na segunda, ele disse que ia viajar. Eu, que já estava recolhendo tudo do meu apartamento para ir embora, achei que seria uma boa oportunidade de pegar as coisas que eu mantinha no flat dele".

"Cheguei e abri a porta. Não havia ninguém no andar de baixo. Comecei a recolher algumas coisas e subi para o quarto para pegar minhas roupas no armário. Foi aí que ele apareceu na escada, pelado, e me jogou contra a parede, falando um monte de palavrões", lembrou.

Segundo a influenciadora, enquanto Saulo a agredia, uma outra mulher que estava no apartamento, riu da situação. "Depois, escutei uma risadinha, uma voz de mulher. Enquanto ele me agredia, ela passou por mim, só de calcinha, dizendo que não queria confusão, que ela era uma profissional, que só queria o dinheiro".

"Eu fiquei fora de mim. Depois de todo o terror psicológico que ele fez comigo, ele estava me traindo com uma prostituta?", questionou.

Daisa contou que, em um momento de fúria, partiu para cima da outra mulher, e Saulo teria tentado separá-las. De acordo com o relato da influenciadora, foi nesse momento que Saulo tentou estrangulá-la. "Eu fui ficando sem ar, não conseguia respirar. Comecei a tatear com a mão o balcão da cozinha, atrás de mim, procurando algo para me defender dele".

"Quando eu senti que tinha alcançado um objeto, comecei a bater nele com essa coisa, depois soube que era uma faca de mesa, de serrinha. Não tinha como matá-lo, como ele alegou que eu queria fazer", relatou ela.

Segundo Daisa, foi assim que ela foi parar na delegacia como suspeita de esfaquear seu ex-amante. Entretanto, Daisa contou também que Saulo Batista não esperava que a influenciadora apresentasse seu histórico abusivo.

Incluindo uma ação na Justiça por danos morais, após o político ter criado um perfil falso nas redes sociais, para ridicularizar o ex-marido de Daisa. O perfil chamava-se "Corno de Consórcio".

Versão de Saulo

Segundo Saulo Batista, a versão aprensentada por Daisa Garcia é mentirosa. E que todo o seu relato faria parte de uma estratégia da ex-amante e sua advogada, para levar a uma investigação na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher).

Salou afirmou que esse suposto plano de Daisa seria um desserviço. "Eu compreendo a importância dessa estrutura para acolher a mulher e fazer uma livre apuração, ainda mais em um estado como Mato Grosso do Sul, com índice alto de feminicídios, mas esse tipo de estratégia pode ser um desserviço à causa. É importante que a verdade de um homem não valha menos que a mentira de uma mulher", disse o político.

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