Pesquisa aponta que 24% dos brasileiros perderam dinheiro devido a crimes digitais
Sabrina Oliveira Publicado em 30/09/2024, às 12h30
Uma nova pesquisa realizada pelo Instituto DataSenado em parceria com a empresa Nexus revelou que 24% dos brasileiros perderam dinheiro nos últimos 12 meses devido a crimes digitais, como clonagem de cartões, fraudes na internet e invasões de contas bancárias. O levantamento, que entrevistou 21.808 pessoas com 16 anos ou mais em todos os estados e no Distrito Federal, foi realizado entre 5 e 28 de junho, apresentando um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 1,22 ponto porcentual.
Embora a pesquisa tenha mostrado que 75% dos entrevistados não enfrentaram perdas financeiras por crimes digitais, o impacto sobre aqueles que sofreram com esses delitos é significativo. Dentre os afetados, 41% residem em municípios com populações entre 50 mil e 500 mil habitantes, enquanto 32% vivem em áreas com mais de 500 mil habitantes e 26% estão em cidades menores.
A maioria das vítimas, 90%, reside em áreas urbanas, e 10% em áreas rurais. Quando analisados por religião, 39% dos entrevistados são católicos, 36% são evangélicos e 25% pertencem a outras crenças ou não têm religião definida. Em termos de ocupação, 66% têm alguma forma de emprego, 29% estão fora da força de trabalho e 5% estão desempregados.
Em relação à renda, 51% das vítimas ganham até dois salários mínimos, 35% recebem entre dois e seis salários mínimos, e 14% têm rendimentos superiores a seis salários mínimos. Quanto ao nível de escolaridade, 35% possuem o Ensino Médio completo, 29% têm Ensino Superior incompleto ou mais, 22% não concluíram o Ensino Fundamental e 15% possuem o Ensino Fundamental completo.
A análise racial indica que 57% dos entrevistados se identificam como pretos, pardos ou indígenas, enquanto 43% são brancos ou amarelos. Em termos de faixa etária, 27% das vítimas têm entre 16 e 29 anos, 23% estão na faixa de 30 a 39 anos, 20% têm entre 40 e 49 anos, 14% estão na faixa de 50 a 59 anos, e 16% são pessoas com 60 anos ou mais. A distribuição entre homens e mulheres é equilibrada, com cada gênero representando metade das vítimas.
José Henrique Varanda, coordenador da pesquisa e analista do Instituto DataSenado, ressalta a importância do estudo para entender a dimensão dos crimes cibernéticos no Brasil. "Os dados locais são cruciais para a representação parlamentar no Senado", afirmou. Marcelo Tokarski, CEO da Nexus, complementou que os golpes virtuais estão se tornando cada vez mais frequentes e sofisticados, afetando uma parte significativa da população.
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