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Lula exonera comandante do Planalto ‘envolvido’ em ato golpista de janeiro

A decisão foi anunciada na terça-feira (11) no Diário Oficial da União

General Gustavo Henrique Dutra de Menezes - Imagem: reprodução/Exército Brasileiro
General Gustavo Henrique Dutra de Menezes - Imagem: reprodução/Exército Brasileiro

Mateus Omena Publicado em 12/04/2023, às 13h52


O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes foi oficialmente exonerado de suas funções, após suspeitas de seu envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A decisão foi publicada na última terça-feira (11) no Diário Oficial da União, apesar de já ter mudado de cargo desde o dia 23 de março.

Menezes era o responsável pela segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Naquela data, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indignados com a sua derrota na eleição, invadiram os prédios dos Três Poderes e vandalizaram as instalações.

Nesta quarta-feira (12), os militares envolvidos nos atos de invasão aos prédios públicos dão depoimentos à Polícia Federal (PF), informou o portal UOL.

O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes assumiu a 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército em 23 de março. Mesmo assim, na terça-feira (11), a decisão foi assinada pelo presidente Lula e a exoneração do Comando Militar do Planalto foi confirmada.

Embora o atraso na divulgação da decisão tenha estranhado muitos apoiadores do presidente, os militares afirmaram que esse tipo de ocorrência é “normal”.

Em fevereiro, o Exército divulgou um comunicado à tropa afirmando a mudança de cargo do general. A decisão foi tomada para reduzir os atritos entre Lula e os comandantes militares. Muitos deles ficaram sob desconfiança após os atos golpistas de 8 de janeiro.

Enquanto a PM do Distrito Federal, ainda sob intervenção do governo, se colocava à disposição para desmantelar o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, o general Dutra teria apresentado resistência em entrar e prender os apoiadores de Bolsonaro.

O militar afirmou que havia possibilidade de conflito violento com os acampados caso desfizessem o local sem planejamento.

Além da atuação de Dutra, a participação do então comandante do Exército, Julio César de Arruda, também incomodou o presidente Lula e aumentou a quebra de confiança do governo com os militares.

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