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Golpe?

Vai ter golpe? Militares se pronunciam sobre possível intervenção a favor de Bolsonaro

Os oficiais afirmaram que temem futuro com Lula e disseram o que pensam sobre qualquer atitude golpista

Militares se pronunciam sobre possível golpe ou intervenção a favor de Bolsonaro - Imagem: reprodução Instagram @jairmessiasbolsonaro
Militares se pronunciam sobre possível golpe ou intervenção a favor de Bolsonaro - Imagem: reprodução Instagram @jairmessiasbolsonaro

Vitória Tedeschi Publicado em 31/10/2022, às 14h14


Com a vítória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente por 50,90% dos votos válidos, no segundo turno das eleições de 2022, surgiram boatos sobre uma possível tentativa de golpe militar para que o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) continuasse no poder. No entanto, as Forças Armadas já se manifestaram e afirmaram que isso está fora de cogitação.

Isso porque logo após o resultado da apuração dos votos, diversos apoiadores do atual presidente veicularam nas redes socias vídeos e mensagens pedindo por uma 'intervenção militar', sob a justificativa de uma profunda insatisfação com o presidente escolhido para governar o Brasil a partir de 1º de janeiro de 2023 durante os próximos quatro anos.

No entanto, apesar da frustração e temor entre oficiais das Forças Armadas, gerados pela vitória do petista, generais de alta patente afirmam que não há nenhuma ameaça ou sequer cogitação de resistência ou intervenção militar em favor de Bolsonaro.

"Os generais de quatro estrelas estão 'sentados' na Constituição", afirma um dos três interlocutores dos integrantes do Alto Comando do Exército.

As informações e citações são de acordo com a apuração da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, que também citou que o ânimo entre os dezesseis generais de quatro estrelas "é de absoluta normalidade. Vida que segue".

Os comandantes inclusive já avisaram às tropas que não vão embarcar em quaisquer aventuras golpistas.

Porém, vale citar que a vitória de Lula fez com que oficiais militares de patentes abaixo do generalato se pronunciassem, por meio de mensagens e telefonemas, sobre o resultado do pleito.

Eles afirmaram que ficaram frustrados com o que julgaram ser "ignorância do povo", que não teria entendido "o que estava em jogo" na eleição, de acordo com a colunista. O temor dos militares é por uma suposta desestruturação das Forças Armadas "por meio da intervenção nas escolas de formação e na promoção de oficiais".

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