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Mãe de menina morta em Aracruz revive trauma com ataque em escola de SP

O ataque em São Paulo aconteceu na manhã da última segunda-feira (27)

Este novo ataque escolar em São Paulo acabou abrindo as feridas de um trauma sofrido por Thais Fanttini, mãe de uma das meninas mortas no ataque à duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo - Imagem: reprodução/R7
Este novo ataque escolar em São Paulo acabou abrindo as feridas de um trauma sofrido por Thais Fanttini, mãe de uma das meninas mortas no ataque à duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo - Imagem: reprodução/R7

Thais Bueno Publicado em 30/03/2023, às 17h29


Na manhã da última segunda-feira (27), três professoras e um aluno foram esfaqueados após um ataque dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona Oeste de São Paulo. Uma das professoras, Elisabeth Tenreiro, de 71 anos de idade, não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Este novo ataque escolar em São Paulo acabou abrindo as feridas de um trauma sofrido por Thais Fanttini, mãe de uma das meninas mortas no ataque às duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo, em que um adolescente armado fez 5 vítimas.

Uma delas foi sua única filha, Selena Zagrillo, de apenas 12 anos de idade. Está sendo muito díficil para ela ver as notícias que saem todos os dias na televisão após o atentado na escola estadual de São Paulo. 

Em depoimento de partir o coração para o R7, a mãe da garotinha afirmou que este novo ataque com certeza a fez relembrar o que aconteceu em novembro do ano passado. 

"Ainda estou me refazendo, então é horrível ver a mesma cena se repetindo tão pouco depois do atentado que matou a Selena. A sensação que fica, para mim, é de impunidade. Parece que nada foi feito para prevenir que novos ataques aconteçam. O ataque que vitimou minha filha não foi o primeiro no Brasil e fica a certeza de que esse em São Paulo não será o último. É só mais um nas estatísticas".

De acordo com ela, as instituções precisam cirar políticas públicas que tragam formas efetivas para desestimular a violência como forma de resolução de conflitos nas escolas. 

"Infelizmente, fico com o sentimento de que todas essas situações que estão ocorrendo em escolas só servirão de inspiração para outros adolescentes fazerem o mesmo. Isso é muito triste. A sociedade precisa se movimentar e pressionar os poderes públicos para que sejam feitas ações estruturantes que reduzam esses atentados", desabafou.

Vale mencionar também que, embora o ataque em São Paulo tenha sido realizado em uma escola estadual, a filha de Thais estudava em um colégio particular; esse fato ressalta a ideia de que isso pode acontecer em qualquer local.

Uma das soluções apresentada pela mãe de Selena foi a implantação de um policial ou segurança dentro das instituções de ensino que possam evitar as situações de perigo. No entanto, ela também acredita que outras coisas são necessárias.

"Acompanhamento psicológico é uma ferramenta muito importante que ajuda a entender quem são os indivíduos com potencial para cometer ataques como esses. No caso da Escola Thomázia Montoro, os profissionais já tinham feito alertas em relação ao comportamento daquela criança. Então, acredito que faltou um acompanhamento psicológico mais efetivo", finalizou.

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