Diário de São Paulo
Siga-nos
Triste!

Mãe relata triste morte da filha após ela ficar inconsciente de uma hora para outra

A pequena Sofia tinha apenas 1 ano

A pequena Sofia tinha apenas 1 ano quando ficou inconsciente de uma hora para outra - Imagem: reprodução The Sun
A pequena Sofia tinha apenas 1 ano quando ficou inconsciente de uma hora para outra - Imagem: reprodução The Sun

Vitória Tedeschi Publicado em 20/09/2022, às 18h41


O triste relato de uma mãe que perdeu sua bebê de apenas 1 ano comoveu a internet nesta terça-feira (20), após entrevista ao The Sun, onde Tara Lyons, de 37 anos, contou o que aconteceu com Sofia Lyons-O’Sullivan, uma criança feliz e saudável que simplesmente ficou inconsciente de uma hora para a outra.

A mãe conta que tudo aconteceu de repente e a vida da família mudou completamente quando Sofia simplesmente fechou os olhos e ficou inconsciente, por causa de uma doença cerebral séria e muito rara. O mais chocante é o tempo em que tudo aconteceu, entre o momento em que ela apagou inesperadamente em casa e o dia em que ela teve sua morte declarada, passaram-se apenas seis dias.

Sofia foi para a cama como um bebê feliz e saudável na noite de segunda-feira, 6 de abril de 2020, e, na tarde de terça-feira, ela estava inconsciente. Nunca mais consegui ver seus lindos olhos azuis”, conta a mãe, com tristeza.

Tara lembrou que, exceto por uma diabetes gestacional, que foi identificada e estava sob controle, a gravidez transcorreu bem. Além disso, Sofia nasceu cheia de saúde e se desenvolveu bem, atingido os marcos de desenvolvimento no prazo esperado e ganhando peso adequadamente. 

Entrei no hospital com minha filha de 1 ano e saí com uma caixa de lembranças”, acrescentou.

A família vivia dias de muita união e alegria, segundo Tara, ela, o marido, Daniel O’Sullivan, e os filhos, Leo e Sofia, tinham acabado de se mudar para uma casa maior, em Borehamwood, Hertfordshire, na Inglaterra, e estavam passando mais tempo juntos. Sofia tinha ganhado seu próprio quarto. Mas em alguns dias, a vida deu uma reviravolta dramática.

"No dia 6 de abril, Sofia estava bem, mas estava com o nariz um pouco entupido. Achamos que ela estava com algum dente nascendo”, relata Tara, que a colocou na cama, tranquilamente.

"Ela dormiu muito bem e, de manhã, parecia bem. No entanto, quando Daniel foi pegá-la para o café da manhã, ela não queria sua torrada. Quando ele a entregou para mim, a cabeça dela simplesmente caiu para frente. Ela não tinha forças e seus olhos não estavam abrindo”, diz a mãe.

Ao correrem para o hospital mais próximo descobriram que a situação era grave e a menina precisou ser transferida com urgência para outro hospital, em Londres, onde passou por uma bateria de exames. "Eles continuavam me perguntando se ela já tinha sofrido convulsões, problemas de fala ou problemas oculares, mas ela não tinha nada - eles ficaram muito chocados", explica.

Depois de um dia de internação, os especialistas descobriram que ela sofria de uma doença rara no cérebro, chamada Malformação Arteriovenosa (MAV) - uma conexão anormal entre as artérias e as veias, que interrompe a circulação normal do sangue.

Seis dias depois de ter sido levada às pressas para o hospital e muitas complicaçõa: sangramentos, aneurismas, etc, a máquina de suporte à vida da menina foi desligada, e a mãe ainda contou como o dia terrível da despedida de sua pequena filha foi.

"Depois nos sentamos e esse foi o sinal para abraçarmos Sofia. Quando estivéssemos prontos, seria a hora [de se despedir]. Tudo o que eu podia ouvir enquanto segurava Sofia era Let it Go, do filme Frozen, ao fundo e não tenho certeza, mas olhei para Dan e sabíamos que era hora. Partiu meu coração”, lembra a mãe, dolorosamente. O casal, então, teve de explicar ao irmão, Leo, que ele nunca mais veria sua irmã.

Malformação arteriovenosa (MAV): o que é?

De acordo com a Beneficência Portuguesa de São Paulo a malformação arteriovenosa (MAV) cerebral é uma doença caracterizada pela presença de um enovelado de vasos anormais que se interpõem entre artérias e veias, semelhante a um novelo de lã.

Em condições normais, o fluxo sanguíneo entre artérias e veias é conectado por meio dos capilares, pequenos vasos que ficam dentro dos tecidos. Essa rede de pequenos vasos permite que o sangue arterial, que tem pressão maior, chegue à veia, que tem pressão menor, sem causar qualquer tipo de problema.

Na MAV, uma ou mais artérias e uma ou mais veias estão conectadas diretamente, sem a proteção dos capilares. Essa comunicação ocorre por meio de uma estrutura anormal chamada nidus. Em função dos diferentes níveis de pressão das artérias e veias, o nidus pode romper, provocando hemorragia. Quanto menor o número de vasos (veias) para drenar o sangue que circula em uma MAV maior é a probabilidade de sangramentos.

Entenda melhor:

Compartilhe  

últimas notícias