Diário de São Paulo
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FENOL

Anvisa proíbe venda e uso de produtos com fenol durante investigações

Anvisa proíbe temporariamente produtos com fenol após morte em procedimento estético; medida visa garantir segurança e investigar eficácia da substância

Anvisa - Imagem: Reprodução / Marcelo Camargo / Agência Brasil
Anvisa - Imagem: Reprodução / Marcelo Camargo / Agência Brasil

Sabrina Oliveira Publicado em 25/06/2024, às 13h20


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a proibição temporária da venda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde e estéticos. A medida visa garantir a segurança da população brasileira, especialmente após a morte do empresário Henrique Silva Chagas, no início de junho, durante um procedimento de peeling em São Paulo.

A resolução da Anvisa abrange a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos que contenham fenol. A agência destaca que não foram apresentados estudos que comprovem a eficácia e segurança do fenol para uso em tais procedimentos, o que motivou a determinação cautelar.

Essa decisão da Anvisa ocorre em meio a um movimento do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), que solicitou à Justiça Federal a proibição da venda de substâncias à base de fenol para pessoas não médicas. O Cremesp tomou essa medida devido à morte de Henrique Silva Chagas, que faleceu após passar por um peeling de fenol.

O peeling de fenol é conhecido por ser um procedimento agressivo e potencialmente cardiotóxico. Ele consiste na aplicação de uma solução cáustica que provoca a queimadura e descamação da pele, sendo usado para suavizar rugas e manchas. No entanto, pode causar danos graves, como escurecimento permanente da pele, cicatrizes e complicações cardíacas, incluindo arritmias e até parada cardíaca.

Diante desses riscos, a Anvisa decidiu pela proibição temporária dos produtos à base de fenol, enquanto são realizadas investigações sobre seus potenciais danos à saúde.

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