O crime foi denunciado na última sexta-feira (2) em MG
Thais Bueno Publicado em 07/12/2022, às 14h53
Através de uma nota oficial que tornou-se pública nesta quarta-feira (7), a Polícia Civil afirmou que já foi instaurado um inquérito para apurar o caso, mas ainda não houve, de fato, nenhuma prisão.
O abuso foi denunciado para a polícia na última sexta-feira (2).
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, a madrasta da menina revelou que, na última quinta-feira (1), teria saído de casa para ir ao açougue quando recebeu uma ligação da vizinha mencionando a violência sexual.
A vizinha teria sido procurada pela garota, que a contou sobre o estupro. Assim que voltou para casa, a madrasta conversou com a enteada, que deu a ela mais detalhes sobre o que havia acontecido. A vítima, então, foi levada ao hospital e medicada.
Em depoimento aos agentes, a criança falou que o pai entregou um celular para que o irmão dela, um adolescente de 13 anos com deficiência mental, se distraísse com jogos.
Com a atenção do menino fixada em outra coisa, no momento seguinte ele a levou para o único quarto da casa, a segurou pelos braços e ordenou que tirasse a calcinha. "Hoje não, pai. Não estraga meu dia, que vou passar com as minhas irmãzinhas", teria dito a menina conforme o registro policial.
Ainda segundo o documento registrado pela polícia, a menina teria revelado que chutou, empurrou o suspeito e conseguiu ir para perto do irmão na sala em um primeiro momento. Contudo, acabou sendo puxada novamente para outro local, onde foi estuprada.
De acordo com a vítima, não foi a primeira vez que o pai abusou sexualmente dela. Conforme dito por ela, acontecia até do homem estuprá-la duas vezes ao dia. Ela não comentou nada com ninguém sobre os outros abusos pois tinha medo do pai matar a madrasta e o irmão mais velho.
Além disso, a garota afirmou que tinha medo de voltar para o abrigo, onde morou por um tempo quando era mais nova, depois de ter sido sexualmente violentada pelo companheiro da mãe. Na época, ela teve os braços e mãos queimados com cigarro.
A madrasta confirmou que não sabia dos abusose revelou que o companheiro é usuário de drogas e ingere bebida alcoólica de forma abusiva.
De acordo com os agentes da Polícia Militar, o homem tem vários registros policiais de roubo e maus-tratos contra os filhos e a mulher.
Segundo a Polícia Civil, o homem foi encontrado no último sábado (3) hospitalizado em uma unidade de saúde de Belo Horizonte. Ele não foi preso, visto que "não se encontrava em estado flagrancial".
Conforme explicado pela Polícia Militar, o suspeito deu entrada no hospital alegando fortes dores abdominais e com suspeita de cirrose hepática.
O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Betim.
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