Paixão por crossfit: saiba quem é o atleta do Corinthians que pode tentar carreira no fisiculturismo

Geralmente, após terminarem a carreira, os jogadores de futebol pensam em três possibilidades: virar técnico, ser diretor/dono de um clube ou se aposentar.

Contudo, não é nenhuma dessas três opções que o lateral-direito do Corinthians, Rafael Ramos, tem em mente. Atualmente com 28 anos de idade, o atleta deu uma entrevista para o GE. Nela, afirmou que é apaixonado por crossfit e cogita entrar para o mundo do fisiculturismo após o fim da carreira.

No momento atual, Rafa (como é conhecido pelos colegas de elenco), possui um corpo bem atlético, com apenas 8% de gordura. Ele utiliza as dependências e os profissionais do CT Joaquim Grava todos os dias para manter a sua forma física acima da média.

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Dessa forma, em entrevista ao Globo Esporte, o lateral-direito português deu mais detalhes sobre como o interesse pela modalidade da musculação pode acabar lhe gerando outro emprego.

"Fisiculturismo é algo que, depois do futebol, se calhar, eu vou pensar. É algo que eu gosto bastante, preciso. Se eu parar o futebol, não vou parar de treinar. Se calhar, vou pensar. O Hugo já participou em competições de fisiculturismo. Ele admira bastante o que eu faço, eu admiro ele... Se calhar, quem sabe", avaliou Rafael.

Mas quem é Hugo, mencionado pelo atleta? Trata-se de Hugo Duarte, seu personal trainer, também português, que mora em Lisboa, mas o auxilia à distância e com o qual o jogador tem uma amizade de longa data.

Os dois estudaram juntos no passado e adoram o crossfit. Hugo, inclusive, já até participou de torneios de fisiculturismo.

Segundo o personal de Ramos, embora o percentual de 8% de gordura pareça pouco, um atleta da modalidade tem um teor ainda mais baixo - motivo pelo qual o lateral precisará de muito treino e dedicação se quiser subir aos palcos.

"No futuro, se ele quiser dar esse passo, já está muito mais perto do que quem não faz esses treinos. Eu participei uma vez. Já faz uns quatro anos. Não é qualquer pessoa que gosta que vai e consegue. É preciso muita determinação, vigor. A rotina diária muda para chegar no palco com a melhor superfície possível".

"Menos gordura, muito mais músculo e também se sentir à vontade pra mostrar isso ao público. Pra isso, é preciso, por exemplo, contar calorias, fazer treino diário, os cardiovasculares também, e seguir esse método como se fosse uma religião. Precisa de muito rigor. Só mesmo quem encara como um esporte para chegar ao palco e mostrar o resultado final", pontuou o treinador.

Obcecado pela estética?

Também em bate-papo com o GE, Hugo Duarte confessou que o amigo usa as próprias férias para treinar e "ganhar força". Para Rafael Ramos, é importante sempre estar treinando e mostrar que está determinado para a temporada; porém, outro fator também entra na conta: a estética.

"Antes, quando eu era bem jovem, eu treinava à noite quando estava na escola ainda, com 14, 15 anos. Quando saía da escola, tinha um tempo livre. Comecei a me interessar por isso. Na academia, eu era um dos mais jovens de altura. Depois, o Hugo começou a se interessar bastante. Comecei a trazê-lo comigo. Foi um hábito que nós ganhamos da academia. Tem a parte estética, física. E eu gostava bastante", afirmou o lateral-direito.

Os treinos mais pesados ficam para o período das férias, claro, já que, durante a temporada de regular, é muito difícil manter a intensidade de atividades. De acordo com Rafael, o que importa é se afastar de problemas físicos.

"Agora também com o futebol é muito importante essa preparação extra, pra prevenir muitas lesões. Ajuda muito. Quando eu estou fora e de férias, é uma necessidade pra mim. Eu preciso treinar, senão o dia foi inútil. Sinto que perdi um dia. É importante pra minha saúde mental e física, mesmo de férias. Claro que eu aproveito alguns dias pra descansar. Mas depois já voltava o treino".

"Pra prevenir lesões, ajuda muito. Tive algumas lesões no passado, continuo a ter porque é normal pro jogador. Mas eu preparo meu psicológico. Eu faço meu trabalho o melhor que posso, porque quando acontece alguma coisa, eu sei que não foi erro meu. Que eu estava preparado e não foi meu erro".

"Pancadas, movimentos estranhos no corpo, acontecem muito no futebol, mas o que eu posso fazer pra evitar ao máximo isso e ficar com consciência tranquila de que eu preveni uma lesão, eu faço", seguiu.

"Durante o ano de jogos, é uma manutenção. Tem que se manter, não dá pra parar, mas também não dá pra fazer muita força porque leva muito pra recuperar, dois, três dias, e já tem jogo", finalizou Ramos.