A mãe da menina de 2 anos afirmou que a bebê nasceu com problemas na laringe
Nathalia Jesus Publicado em 17/02/2023, às 09h29
A menina Beatriz, de apenas 2 anos, deu entrada no Hospital Sepaco, em São Paulo, com sintomas de gripe e saiu da unidade com paralisia cerebral. De acordo com a mãe da criança, Eliana Carvalho, de 34 anos, a complicação aconteceu por um erro médico durante uma intubação.
De acordo com informações do UOL, a mãe da bebê explicou que Beatriz nasceu com laringomalácia, uma condição que gera flacidez na laringe. O diagnóstico exige um cuidado redobrado em uma eventual intubação.
Em nota. o Sepaco admitiu que o quadro de laringomalácia em bebês "torna o cenário bem mais complexo e com maiores riscos".
"A despeito do uso de todos os recursos terapêuticos disponíveis, maior criticidade do quadro é esperada neste cenário, o que pode culminar com falta de oxigenação e instabilidades cardiocirculatórias graves", informou o hospital.
Ao dar entrada na internação, a bebê Beatriz foi diagnosticada com bronquiolite. Por conta disso, a menina ficou internada por três dias na UTI, respirando com o auxílio de aparelhos.
No dia 26 de dezembro, Eliana notou uma mudança de comportamento na filha, que costumava ser muito ativa, e informou a médica responsável pelo atendimento. A profissional se limitou a dizer que Beatriz estava no auge da bronquiolite e que melhoraria no dia seguinte.
De acordo com a mãe da criança, o CPAP nasal - aparelho utilizado para auxiliar na respiração - foi regulado com pressão 17, "apropriada para o peso dela". No entanto, no plantão da madrugada, a médica teria aumentado a pressão para 35, o que teria causado desconforto na bebê.
"Quem sabe da conduta sou eu. Se ela não está bem, vou intubar", teria dito a médica responsável ao pai de Beatriz ao ser comunicada sobre a laringomalácia da criança.
O pai da menina então ligou para Eliana e disse que a médica havia afirmado que Beatriz "parou por 27 minutos" e que havia "feito tudo o que podia".
"Ela [a médica] disse: 'eu tentei intubar, mas no procedimento ela teve uma parada cardíaca'.", afirmou Eliana.
Beatriz saiu do hospital com 'encefalopatia crônica não evolutiva'. Durante a evolução a bebê sofreu lesões no sistema nervoso central que deixaram sequelas como hipertensão, perda da visão, perda da sustentação do pescoço, perda de todos os movimentos do corpo e impossibilidade de ingestão de alimentos via oral e ingestão de líquidos.
Por conta da complicação, Eliana e o pai de Beatriz precisam arcar com os altos custos do tratamento da filha.
"Paguei fisioterapeuta e auxiliar de enfermagem do meu bolso. Um dia de medicação foi R$ 1.000 na farmácia, fora o convênio que custa R$ 2 mil por mês.", afirmou a mãe.
Pela Justiça, os pais conseguiram uma liminar para que a Central Nacional Unimed bancasse o tratamento domiciliar de Beatriz. A defesa do convênio médico recorreu da decisão.
"A requerida [Unimed] tem agido com desleixo na prestação de serviços na internação domiciliar", afirmou o juiz Juiz Cláudio Salvetti D'Angelo.
Além dos medicamentos, o juiz determinou que a Unimed deve fornecer uma equipe com oito especialistas no home care (cuidado domiciliar).
"O plano de saúde não quer ter despesas; somente receitas. A conduta foi abusiva, displicente, (...) frustrando expectativa de cuidado.", disse o juiz na decisão.
Os pais da menina também almejam uma indenização do Hospital Sepaco. "Buscamos uma espécie de pensão mensal vitalícia para o custeio das necessidades da Beatriz porque um dia seus pais podem faltar", afirmou Anderson Albuquerque, advogado da família.
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