De terno, Janja quebra tradição do vestido na posse e exalta estilistas nacionais

O nome de Rosângela da Silva, a Janja, tornou-se um dos assuntos mais comentados nas redes sociais por causa da escolha de suas roupas para a posse de seu marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A primeira-dama escolheu a produção de uma estilista brasileira para a solenidade, exaltando assim, a moda nacional.

Durante os protocolos de posse — que incluem o desfile em veículo presidencial, a entrega da faixa, o discurso do presidente —, Janja utilizou um terninho em seda, que foi produzido por Helô Rocha, a mesma que criou seu vestido de noiva.

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O look foi desenhado pela estilista em parceria com as bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, no Rio Grande do Norte.

Assim como em seu casamento, Janja procurou enaltecer a moda nacional, em especial o trabalho da Casa das Bordadeiras, trazendo elementos naturais e valorizando o nordeste brasileiro.

Para confeccionar o bordado das peças, ao invés de linha tradicional, as artesãs utilizaram palhas brasileiras e capim dourado.

Já nos acessórios, a brasilidade também se fez presente. A primeira-dama utilizou um par de brincos chamado pitangão, fazendo clara referência à pitanga, uma fruta brasileira, da designer de joias Flávia Madeira.

Vale lembrar que, além da valorização do artesanato, da economia criativa, do trabalho manual e dos elementos brasileiros, a roupa escolhida por Janja também representou uma quebra de protocolo.

Historicamente, as esposas dos presidentes sempre utilizaram vestidos tanto nas cerimônias de posse como nos eventos oficiais, vestimenta tipicamente feminina.

Ao vestir calças e colete, a primeira dama escolheu um visual geralmente atribuído à masculinidade, representando poder e comunicando sofisticação e seriedade.