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Posse 2023

Em discurso de posse, Lula defende TSE e fala em "esperança e reconstrução"; confira destaques

O presidente discursou neste domingo (1º) na sessão solene de posse no Congresso Nacional

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse de seu terceiro mandato como presidente da República neste domingo (1˚) em Brasília (DF) - Imagem: reprodução/Twitter @AgenciaTelam
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse de seu terceiro mandato como presidente da República neste domingo (1˚) em Brasília (DF) - Imagem: reprodução/Twitter @AgenciaTelam

Thais Bueno Publicado em 01/01/2023, às 16h15


Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse de seu terceiro mandato como presidente da República neste domingo (1˚) em Brasília (DF). Em seu primeiro discurso como governante do país pela terceira vez, Lula se emocionou, defendeu o TSE e falou sobre "esperança e reconstrução".

Lula discursou, na tarde deste domingo (1º), na sessão solene de posse no Congresso Nacional. Veja alguns destaques do discurso:

Defesa do TSE

Inicialmente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou defendendo as urnas eletrônicas e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele comentou que sua eleição teve como "grande vitoriosa" a sobrevivência da democracia, que esteve sob "violência".

"Apesar de tudo, a decisão das urnas prevaleceu, graças a um sistema eleitoral internacionalmente reconhecido por sua eficácia na captação e apuração dos votos. Foi fundamental a atitude corajosa do Poder Judiciário, especialmente do Tribunal Superior Eleitoral, para fazer prevalecer a verdade das urnas sobre a violência de seus detratores".

O comandante do país também agradeceu à população brasileira "pelo voto de confiança que recebemos" e contra a "campanha de mentiras e ódio tramada para manipular e constranger o eleitorado".

"Se estamos aqui hoje é graças a consciência política da população brasileira e a frente democrática que formamos".

Esperança e reconstrução

Em seguida, Lula quis passar o recado de que, sob seu comando, o Brasil será uma nação de "esperança e reconstrução".

"Vinte anos atrás, quando fui eleito presidente pela primeira vez, ao lado do companheiro vice-presidente José Alencar, iniciei o discurso de posse com a palavra 'mudança'. A mudança que pretendíamos era simplesmente concretizar os preceitos constitucionais. A começar pelo direito à vida digna, sem fome, com acesso ao emprego, saúde e educação".

O presidente da República lembrou que, naquele tempo, tinha afirmado que sua "missão de vida estaria cumprida quando cada brasileiro pudesse fazer três refeições por dia". Neste domingo, reiterou que "ter que repetir este discurso hoje é o mais grave sintoma da devastação que se impôs ao país".

"Hoje, nossa mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução. O grande edifício de direitos, de soberania e de desenvolvimento que esta Nação levantou, a partir de 1988, vinha sendo sistematicamente demolido nos anos recentes. É para reerguer este edifício de direitos e valores nacionais que vamos dirigir todos os nossos esforços", continuou.

Lula contra as armas

No discurso, o presidente ainda anunciou que revogará "o criminoso acesso a armas e munições". Vale mencionar que o acesso ao armamento foi facilitado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

O presidente falou o seguinte sobre o tema: "A segurança pública atuará para promover a paz onde é mais urgente, nas comunidades pobres, famílias vulneráveis, [locais de] crime organizado, milícias, violência venha ela de onde vier. Estamos revogando o criminoso acesso a armas e munições que tanta insegurança e mal causaram".

Sobre este tópico, o político explicou, ainda, que o país "não quer e não precisa de armas, o Brasil precisa de segurança, livro, educação".

A emoção durante o discurso

Lula se emocionou já na leitura de agradecimentos, após mencionar a esposa, Rosângela Lula da Silva, a Janja, a e ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Assinaram o termo de posse o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), além também, como testemunhas, as demais autoridades presentes, como a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e o procurador-geral da República, Augusto Aras.

Confira o momento da assinatura de Lula: 

Diagnóstico do governo

O presidente eleito também comentou sobre o diagnóstico que o Gabinete de Transição de Governo. De acordo com ele, a situação é "estarrecedora".

"O diagnóstico que recebemos do Gabinete de Transição de Governo é estarrecedor. Esvaziaram os recursos da Saúde. Desmontaram a Educação, a Cultura, a Ciência e Tecnologia. Destruíram a proteção ao Meio Ambiente. Não deixaram recursos para a merenda escolar, a vacinação, a segurança pública, a proteção às florestas, a assistência social".

"Desorganizaram a governança da economia, dos financiamentos públicos, do apoio às empresas, aos empreendedores e ao comércio externo. Dilapidaram as estatais e os bancos públicos; entregaram o patrimônio nacional. Os recursos do país foram rapinados para saciar a estupidez dos rentistas e de acionistas privados das empresas públicas", prosseguiu.

"É sobre estas terríveis ruínas que assumo o compromisso de, junto com o povo brasileiro, reconstruir o país e fazer novamente um Brasil de todos e para todos".

Veja também o discurso completo do presidente:

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