A denúncia ainda liga o ex-presidente aos atos golpistas do início do mês
Vitória Tedeschi Publicado em 20/01/2023, às 17h29
Uma denúncia publicada nesta sexta-feira (20) conectam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à suposta existência de um 'caixa 2' dentro do Palácio do Planalto e o ligam à realização e incentivo dos atos antidemocráticos que aconteceram no último dia 8 de janeiro.
Além disso, a denúncia exclusiva dos repórteres Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, publicada no site Metrópoles, destaca que um militar de confiança de Bolsonaro gerenciava o suposto 'caixa 2', que funcionava com dinheiro vivo proveniente de saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de quartéis das Forças Armadas.
O personagem em questão é o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, o "coronel Cid", ajudante de ordens de Jair Bolsonaro até os derradeiros dias do governo que acabou em 31 de dezembro.
Comandadas pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes e realizadas pela Polícia Federal, as investigações mapearam que o dinheiro era usado, entre outras coisas, para pagar um cartão com despesas pessoais da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro - criado no nome de uma amiga dela, Rosimary Cardoso Cordeiro, funcionária do Senado - e para pagar contas pessoais do clã presidencial.
A reportagem revela que o militar acompanhava o ex-presidente quase em tempo integral, dentro e fora dos palácios. Era o tenente-coronel do Exército que atendia ligações e respondia mensagens em nome de Bolsonaro.
No ano passado, o jornal Folha de S.Paulo já havia noticiado que mensagens de texto, imagens e áudios encontrados no celular do oficial do Exército levaram os investigadores a suspeitar das transações financeiras realizadas por ele.
Após esse episódio, lembra o Metrópoles, Alexandre de Moraes autorizou quebras de sigilo que permitiram desvendar as operações realizadas pela equipe do tenente-coronel.
As primeiras análises já mostravam que Cid centralizava recursos sacados de cartões corporativos do governo ao mesmo tempo em que fazia os pagamentos, também com dinheiro vivo, de diversas despesas do presidente e de sua família.
Por fim, os investigadores constataram indícios fortes de lavagem de dinheiro.
Chamou atenção, em especial, a origem de parte dos recursos que o oficial e seus homens manejavam. Os detalhes dessas transações estão sendo mantidos sob sigilo, entre o gabinete de Alexandre de Moraes e o restrito núcleo de policiais federais que o auxilia nas apurações.
As investigações acessadas pelo Metrópoles também indicam que o 'coronel Cid' funcionava como um elo entre Bolsonaro e vários radicais que desejavam que a militância bolsonarista atacasse as instituições democráticas.
Um dos contatos frequentes de Cid, inclusive, era o blogueiro Allan dos Santos, foragido nos Estados Unidos que teve prisão decretada em 2021.
No material obtido por policiais, como uma série de áudios, fica claro que Bolsonaro tinha conhecimento e controle de tudo que Cid fazia – tanto nos pagamentos com dinheiro vivo, quanto na interlocução com bolsonaristas extremistas.
Inclusive, o próprio ex-presidente aparece como interlocutor em mensagens que Cid mantinha em seu aplicativo – com o qual conversava com os radicais.
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