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Redenção

Bolsonaro volta ao Brasil depois de 89 dias nos EUA

Ex-presidente quer liderar a oposição ao governo Lula

Bolsonaro volta ao Brasil depois de 89 dias nos EUA - Imagem: Agência Brasil
Bolsonaro volta ao Brasil depois de 89 dias nos EUA - Imagem: Agência Brasil

Nathalia Jesus Publicado em 30/03/2023, às 08h56


Após 89 dias nos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retornou ao Brasil na manhã desta quinta-feira (30).

O objetivo de Bolsonaro seria tentar liderar uma oposição ao atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se defender dos inquéritos em que está relacionado, como o dos ataques do 8 de janeiro e o caso das joias.

O ex-mandatário utilizou um avião comercial para o retorno. A aeronave que saiu de Orlando pousou no aeroporto internacional de Brasília às 6h38 desta quinta. Seguindo o esquema de segurança recomendado, Bolsonaro não saiu pelo saguão principal do aeroporto.

Saindo de lá, o ex-presidente foi até a sede do PL onde participa de um evento com correligionários e apoiadores. A imprensa não foi autorizada a acompanhar, a pedido do próprio Bolsonaro.

Bolsonaro foi para os EUA no dia 30 de dezembro, às vésperas do fim do seu mandato como presidente e da posse de Lula. Para a viagem, ele utilizou uma avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

Segundo informações da Folha de S. Paulo, em fevereiro os gastos da viagem já custavam mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos.

O retorno de Bolsonaro chegou a ser anunciado algumas vezes por apoiadores, filhos e até ele próprio, mas todos recuaram depois de algum tempo.

No Brasil, Bolsonaro assume o cargo de presidente de honra do PL, com um salário de R$ 40 mil. Ele vai morar em uma casa dentro de um condomínio fechado em Brasília.

Um dos principais objetivos é assegurar a liderança da oposição ao governo petista. No entanto, o ex-presidente precisa se defender dos inquéritos criminais e das investigações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O ex-mandatário pode responder por vazar dados de investigação sigilosa da Polícia Federal, por interferir no órgão, por difundir fake news, entre outras acusações. Só no STF, seis inquéritos apuram condutas de Bolsonaro que podem configurar crimes. Além disso, há outras 16 ações no TSE que podem torná-lo inelegível.

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