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São Paulo é reconhecida pela ONU pelo 3º ano consecutivo por cuidados com áreas verdes

Várias iniciativas implementadas pela Prefeitura têm tornado a cidade cada vez mais sustentável

O Bosque das Maritacas, que fica no centro da cidade, foi o primeiro espaço urbano de conservação de São Paulo - Imagem: divulgação Édson Lopes Jr./SECOM
O Bosque das Maritacas, que fica no centro da cidade, foi o primeiro espaço urbano de conservação de São Paulo - Imagem: divulgação Édson Lopes Jr./SECOM

Vitória Tedeschi Publicado em 21/05/2024, às 10h00


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A cidade de São Paulo, conhecida por sua grandiosidade urbana, agora se destaca por seus esforços em se tornar uma capital mais verde e sustentável. A Prefeitura tem implementado diversas iniciativas para aumentar as áreas verdes e promover a sustentabilidade. Como um exemplo disso, a Fundação do Dia da Árvore (Arbor Day Foundation) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) concederam o título de “Cidade Árvore do Mundo” para a maior metrópole da América Latina.

São Paulo foi premiada, pelo terceiro ano seguido, com o certificado “Tree City of the World”. O Plano Municipal de Arborização Urbana – PMAU foi um dos responsáveis por fazer com que São Paulo conseguisse manter o título de Cidade Árvore: desde 2020, começo de sua implementação, foram realizadas diversas ações para plantios comunitários estimulando a participação da sociedade civil.

Eles fazem parte do capítulo “Envolver” do PMAU e ajudaram o município a conquistar essa qualificação, que colocou a capital paulista ao lado de cidades com selo mundo afora. Vale citar que, para o reconhecimento, cinco critérios são levados em conta: se responsabilizar com as árvores urbanas, construir políticas de arborização, avaliações de árvores e florestas, ter um orçamento anual e receber celebrações de conquistas; ou seja, São Paulo cumpriu bem com todos esses requisitos para receber o certificado. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente foi responsável pelo plantio de 84.037 árvores por incremento, compensação e reparação ambiental no ano passado.

26% do território de São Paulo transformados em área de preservação ambiental

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O Bosque das Maritacas, que fica no centro da cidade, foi o primeiro espaço urbano de conservação de São Paulo / Imagem: divulgação Édson Lopes Jr./SECOM

Outro marco sustentável da cidade de São Paulo que merece ser citado aconteceu no final de fevereiro deste ano, quando a gestão atual declarou como sendo de utilidade pública 32 áreas verdes para deixarem de ser particulares e, assim, terem uma proteção do município.

O total previsto é de 16.531 hectares, o que corresponde a 10,9% da área da cidade, sendo transformado ao fim das desapropriações em área de preservação ambiental. Vale citar que esses quase 11% da cidade equivalem a 15.500 campos de futebol, três vezes a área do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, e corresponde ao tamanho da cidade inteira de Paris, na França.

A grande ação ao final das desapropriações ampliará a área de preservação ambiental da cidade para 26%. Segundo a gestão atual, as áreas escolhidas são de grande valor ambiental, com mata nativa e com nascentes, e que preservá-las é um presente para a cidade e para as futuras gerações. O principal objetivo da medida é ampliar as áre- as de preservação, contribuindo para o combate às mudanças climáticas e tornando assim a capital paulista mais verde.

Na prática, os 32 terrenos que tiveram a Declaração de Utilidade Pública (DUP) assinada devem ser transformados em áreas de conservação e parques. São áreas privadas que abrangem mata atlântica e nascentes. A desapropriação destes terrenos ocorrerá através da compra pela Prefeitura de São Paulo.

A assinatura dos decretos é a maior ação de mudanças climáticas que qualquer cidade já fez no Brasil e estabelece que determinado local será necessário para a prestação de um serviço, no caso a proteção ambiental para toda a população, que poderá ter uma cidade cada vez mais verde. Com a publicação dos decretos, serão elaborados os documentos técnicos fundiários para, então, subsidiar o ajuizamento da ação expropriatória, quando caberá ao Poder Judiciário proceder à desapropriação e à Prefeitura indenizar os proprietários.

Após esse processo as áreas passam a ser efetivamente públicas. Vale citar que a escolha das regiões foi determinada a partir de um mapeamento realizado pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA)e estão listadas nos Quadros 7 e 15 do Plano Diretor Estratégico, este último criado em recente revisão com a sanção da Lei Municipal nº 17.975/2023. As análises técnicas identificaram áreas com mata atlântica, córregos e nascentes, de valor ambiental incalculável, e a decisão em torná- -las públicas faz parte do Programa São Paulo Capital Verde.

Prefeitura cria 9 mini florestas, recupera fauna, flora e aumenta a permeabilidade do solo da capital

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O Paque do Carmo, que fica na zona leste da capital, tem por volta de 2.400.000 m² de área e é o segundo maior parque da capital / Imagem: divulgação Edson Lopes Jr./SECOM

A gestão atual também tem demonstrado seus esforços para tornar São Paulo cada vez mais verde ao plantar florestas em áreas públicas da capital paulista. A iniciativa está sendo realizada em parceria com a Secretaria Municipal das Subprefeituras e transforma espaços urbanos degradados em áreas de reflorestamento.

Com o plantio, os principais benefícios são: ampliar a permeabilidade do solo, mediante a captação de águas de chuva; evitar enchentes; reconstituir habitats naturais; recuperar ecossistemas; aumentar a cobertura vegetal; preservar a flora e fauna da cidade de São Paulo além, da melhoria da qualidade de vida da população.

Oito novos bosques já foram entregues, aumentando para 9 o total da capital paulista. Os bosques de conservação são finalistas em duas das sete categorias do prêmio World Green City Awards (Prêmio Cidades Verdes), que reconhece as melhores iniciativas no mundo. As mini florestas funcionam como “pulmões”, contribuindo para a diminuição da poluição do ar ao transformar parte do gás carbônico em oxigênio.

Vale lembrar que o CO2 é um dos responsáveis pelo aquecimento global e que a cada 7 árvores, é possível sequestrar uma tonelada de carbono nos seus primeiros 20 anos de idade. Ao todo, foram plantadas 4 mil árvores e dois novos bosques vão surgir em São Paulo: o Bosque Irerê, na avenida Guilherme Cotching, na alça de acesso da Ponte Presidente Jânio Quadros e o Bosque de Conservação Canário, na alça do viaduto doutor José Chaves, região da Subprefeitura Sé.

Formado por espécies do cerrado e da mata atlântica, a preparação do solo leva cerca de dois meses. Descompactação, correção, adubação e camada de proteção feita a partir de restos de podas de árvores e outros resíduos vegetais, são alguns dos passos que ajudam a proporcionar um melhor desenvolvimento das mudas plantadas.

Cada bosque é um berçário natural para o desenvolvimento delas e leva o nome de um pássaro. Entre os exemplares arbóreos escolhidos, estão: ipês, guajuvira, guanandi e mirindiba rosa. A abundância de cada tipo de árvore leva em consideração a que melhor serve de alimento.

No Bosque das Maritacas, por exemplo, para atrair essa população, há uma quantidade maior de jerivás, uma palmeira que produz um fruto que é o alimento predileto dessa ave. A vocação natural de cada bosque também foi respeitada. Por exemplo, o bosque Garça, localizado na alça de acesso à Ponte Cruzeiro do Sul, preserva o leito originário do Rio Tietê. É nessa Marginal, por onde passam cerca de meio milhão de veículos todos os dias, que estão sete novos bosques espalhados em mini anéis viários.

Confira os 9 bosques finalizados:
Asa-Branca (próximo ao Terminal Cidade Tiradentes)
Beija-Flor (próximo ao túnel Maria Maluf, Ipiranga)
Cambacica (Ponte das Bandeiras)
Corruíra (Ponte Cruzeiro do Sul)
Tuim (Ponte das Bandeiras)
Periquito (Ponte das Bandeiras)
Garça (Ponte Cruzeiro Sul)
Curicaca (Ponte Cruzeiro Sul)
Maritacas (Ligação Leste-Oeste)

Fauna Silvestre paulistana tem 22 novas espécies de animais registradas

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As mini florestas funcionam como “pulmões”, contribuindo para a diminuição da poluição do ar da capital paulista / Imagem: divulgação SMSUB

Ainda como parte das ações da Prefeitura de São Paulo para uma cidade mais verde, o levantamento anual da fauna revelou descobertas surpreendentes em 2023. Vale citar que os animais silvestres são essenciais para a questão ambiental urbana e a preservação de seus habitats é essencial para garantir um meio ambiente preservado.

A Divisão da Fauna Silvestre (DFS) da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) registrou 1.354 espécies no município de São Paulo, com 22 novas espécies documentadas. A análise minuciosa também revelou uma grande variedade de seres invertebrados, com 524 espécies identificadas, incluindo 345 espécies de insetos, que compreendem borboletas e mariposas.

Foram representados ainda diversos animais vertebrados, totalizando 830 espécies. Dentre eles estão 57 peixes, 89 anfíbios, 59 répteis, 516 aves e 109 mamíferos. Essa variedade reflete a complexidade dos ecossistemas presentes na cidade e reforça a necessidade constante de proteção e conservação.

O programa “Inventário e Monitoramento da Fauna Silvestre do Município de São Paulo”, em vigor desde 1993, tem um papel crucial na busca pelo conhecimento e na monitoração das populações de animais silvestres em parques e áreas verdes estratégicas da região metropolitana.

O inventário registrou ainda 172 espécies ameaçadas de extinção, que representam 12,7% do total das espécies registradas para SP, indicando a necessidade de se ampliar as ações e políticas públicas para a conservação. Na cidade de São Paulo, 30.905 animais silvestres foram atendidos durante a gestão atual e 4.784 foram reabilitados para voltar a viver em seus habitats.

A divulgação anual dos dados do inventário faz parte do Programa de Metas 2021-2024 da Prefeitura de São Paulo, alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Esses dados orientarão programas e ações futuras para a proteção da biodiversidade urbana nos anos seguintes.

O Inventário da Fauna Silvestre - 2023 adotou um formato digital mais dinâmico e versátil, com o objetivo de atender às necessidades dos servidores, estudantes, pesquisadores e público em geral que desejam explorar e compreender a incrível diversidade de vida selvagem que habita São Paulo.

Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres

Em 2023, o Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres (CeMaCAS), localizado em Perus, na Zona Norte, atendeu 8.984 animais silvestres, reabilitou 1.504 e devolveu um total de 3.187 animais aos seus habitats naturais.

Dentre os animais soltos estão aves como corujinhas do mato, coleirinhos, capivaras e pixarros. Considerado um dos principais pontos de manejo público da América Latina, o Centro faz parte da Divisão da Fauna Silvestre da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Recebe animais silvestres feridos, em risco ou que foram apreendidos em ações de combate ao tráfico diariamente e promove sua reabilitação.

[Colocar ALT]Este conteúdo foi feito em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Para conferir a série de publicações sobre os principais temas da cidade, acesse o PDF do Diário de S. Paulo impresso - clicando neste link.

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