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Relatório de ONG aponta diminuição da mancha de poluição no Rio Tietê

O relatório anual sobre a qualidade da água do maior rio do estado de São Paulo, elaborado pela ONG SOS Mata Atlântica, apontou que a mancha de poluição do

Relatório de ONG aponta diminuição da mancha de poluição no Rio Tietê
Relatório de ONG aponta diminuição da mancha de poluição no Rio Tietê

Redação Publicado em 22/09/2017, às 00h00 - Atualizado às 11h13


O relatório anual sobre a qualidade da água do maior rio do estado de São Paulo, elaborado pela ONG SOS Mata Atlântica, apontou que a mancha de poluição do Rio Tietê diminuiu e passou de 137 para 130 quilômetros.

Segundo o estudo, o recuo de 7 km se deve ao aumento do trecho de água com qualidade considerada boa e regular entre Salesópolis e Itaquaquecetuba. O Dia do Rio Tietê é celebrado nesta sexta-feira (22).

A pequena redução na mancha de poluição registrada ainda está muito distante da menor extensão já apurada, no ano de 2014 – período da maior seca da história no estado – quando ficou restrita a 71 km.

Já o trecho de 130 km de rio considerado morto está entre os municípios de Itaquaquecetuba e Cabreúva, e representa 22,5% da extensão do Rio Tietê.

Por dia, o Tietê recebe 730 toneladas de poluição, mas a situação já foi considerada pior. Em 1993, a mancha de poluição era de 530 km entre Mogi e Barra Bonita.

O rio possui 1.100 km e corta praticamente todo o estado, estando presente na vida de 27 milhões de pessoas, ou seja, 65% da população paulista.

“Melhoria”

Segundo a ONG, a retomada de investimentos em obras de coleta e melhoria dos sistemas de tratamento de esgotos nos municípios da Grande São Paulo, ABC e cidades do interior como Mogi das Cruzes, Itupeva e Indaiatuba contribuíram para a melhora nos indicadores.

Por outro lado, ainda há reflexo do atraso em obras e investimentos em saneamento devido à crise hídrica, o que impediu que os índices melhorassem mais ainda, de acordo com a SOS Mata Atlântica.

Em Salto, de um ano para outro, a situação do Rio Tietê e a qualidade da água que era considerada regular e agora é ruim.

O monitoramento foi realizado em 137 pontos de coletas em 40 municípios de todas as regiões do Estado, entre setembro de 2016, e agosto de 2017. Resultado:

  • 3 pontos (2,2% do total) = revelaram qualidade de água boa
  • 81 pontos (59,1%) – qualidade regular
  • 47 pontos (34,3%) – qualidade ruim
  • 6 pontos (4,4%) = água péssima

– Rio Tietê Considerado Péssimo: em Araçariguama, Cabreúva, Guarulhos, Osasco e Pirapora do Bom Jesus e São Paulo (coleta entre Ítaquaquecetuba e Guarulhos, no km 132).

– Rio Tietê Considerado Bom: Birita-Mirim, Salesópolis, São Paulo (é o afluente do Ribeirão Caulim, que fica em Parelheiros, na região sul da Capital).

Rio Tietê é considerado bom no trecho de  Birita-Mirim, Salesópolis (Foto: Reprodução/ TV Diário)

Rio Tietê é considerado bom no trecho de Birita-Mirim, Salesópolis (Foto: Reprodução/ TV Diário)

Poluição

Da Capital ao interior, o Rio Tietê sofre muita degradação com o despejo de esgoto e poluição de várias cidades.

Segundo a SOS Mata Atlântica, o rio transporta 6 milhões de toneladas/ano de dejetos vindos de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e países do Mercosul.

Água do Rio Tietê no trecho de Salto é considerado péssimo pela SOS Mata Atlântica (Foto: Arquivo Pessoal)

Rio Tietê é considerado bom no trecho de Birita-Mirim, Salesópolis (Foto: Reprodução/ TV Diário)

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