A iniciativa de impacto ambiental e social foi lançada nesta quarta-feira (5)
Mateus Omena Publicado em 05/04/2023, às 17h37
A Prefeitura de São Paulo e o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) firmaram parceria neste ano e lançaram nesta quarta-feira (5) o projeto “Viva o Verde SP”.
O propósito do projeto é trazer melhorias nos 111 parques da capital paulista e contribuir para a cidade alcançar a igualdade na distribuição espacial e na acessibilidade das áreas verdes públicas.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) explicou que a Prefeitura de São Paulo está investindo cerca de R$ 5,5 milhões na ação e o ONU-Habitat fará um diagnóstico dos 111 parques da cidade propondo melhorias durante 36 meses.
“Será uma ação contínua não só para podermos ampliar o número de parques. Eu já inaugurei três e vou inaugurar mais cinco parques. E aquilo que a gente já tem também será melhorado e qualificado”, disse o gestor. “Vai ser um processo gradativo. Eles vão fazendo os diagnósticos com dez parques principais e depois um lote de 80 parques até chegar a todos os 111 parques com todo o trabalho de indicação das melhorias que devem ser feitas”, completou.
A parceria foi firmada com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) em setembro de 2022 e tem duração de três anos. Durante esse período, uma equipe do ONU-Habitat vai fazer uma avaliação geral dos mais de 100 parques e análises específicas de 10 destes equipamentos urbanos, além de contribuir em outras esferas, como a elaboração de planos de gestão, a promoção de parcerias e o incentivo à inovação envolvendo os espaços públicos verdes.
Segundo o chefe de gabinete da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ravena, a iniciativa já vem sendo pensada e planejada há muito tempo. “As ideias vão para além do entendimento sobre o que é um parque, para além de entender o que é uma área verde. Isso vai gerar para a gente um novo entendimento de como a cidade se relaciona com suas áreas verdes, como o cidadão entende que deva ser usada a área verde, para o que ela serve e como a gente faz a gestão, além de criar novos modelos de gestão”.
O projeto “Viva o Verde SP” foi criado com base nas políticas globais da Agenda 2030 e da Nova Agenda Urbana. Ele também se orienta pelos cinco “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)” prioritários, entre os quais o principal é o ODS 11, que visa tornar as cidades e os assentamentos humanos mais inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
O oficial sênior Internacional do ONU-Habitat para o Brasil e Cone Sul, Alain Grimard, considera que a maior riqueza de uma cidade além das pessoas são os espaços públicos oferecidos para toda população.
“É a primeira vez que temos uma parceria concreta com a Prefeitura de São Paulo. São Paulo não é só a maior cidade do Brasil e da América do Sul, também é uma referência mundial. Concretizar uma parceria com essa iniciativa do programa Viva o Verde SP é muito importante para ONU-Habitat”.
A expectativa do projeto, para o longo prazo, é que os espaços públicos urbanos ofereçam ambientes propícios para trabalhar e socializar, contribuir para um ecossistema próspero e biodiverso, ajudar a absorver carbono e produzir energia verde.
“São Paulo é vanguarda diante desses assuntos globais e, também, sempre deixa marcas”, declarou a secretária adjunta de Relações Internacionais, Ana Cristina da Cunha Wanzeler. “Deixar a cidade mais verde está no centro das nossas estratégias e, também, de todas as ações que estão envolvidas”, completou a secretária adjunta lembrando que a cidade recebeu o título de Capital Verde Ibero-americana em 2022.
Embora seja apelidada de “selva de pedra“, a cidade de São Paulo se destaca também por possuir uma cobertura vegetal que consiste em quase metade do seu território (48,18%).
Segundo dados da Prefeitura, quase um terço do município (31,78%) é considerado rural. Nos últimos anos, a capital tem investido em formas de aprimorar os usos destes espaços e promover uma reaproximação da população com as áreas verdes.
Diante deste cenário, espera-se que o “Viva o Verde SP” ajude a acelerar essa reaproximação do ponto de vista dos cidadãos e das administrações municipais e regionais ao aplicar ferramentas propostas pela NAU e a Agenda 2030.
“Esse projeto foi pensado a partir das metodologias globais do Programa Global de Espaços Públicos do ONU-Habitat. Temos uma caixa, um conjunto de ferramentas com várias metodologias focadas em espaços públicos que foram aplicadas em várias cidades do mundo, mas o projeto em São Paulo é muito inovador. Será a primeira vez que a gente vai aplicar essas metodologias em espaços verdes”, explica a oficial nacional do ONU-Habitat para o Brasil, Rayne Ferreti Moraes.
“São Paulo é uma cidade que quer ser cada vez mais verde. Como uma megalópole, isso é algo emblemático. Vai ser a primeira vez que o ONU-Habitat vai implementar no Brasil uma metodologia chamada Cidade Delas, um projeto que vai ser de um grande aprendizado”, completa.
Além de promover impactos ambientais positivos, o projeto também tem uma perspectiva interseccional, que abrange também a igualdade de gênero e o reconhecimento da diversidade.
Com esses valores, a iniciativa visa fortalecer a ação climática, valorizar a biodiversidade e os biomas locais e contribuir com a melhoria do ambiente urbano e da saúde da população.
“A gente passou os últimos anos fazendo diversos planos setoriais que o Plano Diretor determinou. Esse é um passo que a gente está dando além deles. Isso reflete ações que foram definidas do ponto de vista do planejamento do desenvolvimento da cidade. O que a gente está fazendo não é mais do mesmo, é realmente um passo a mais”, detalhou a coordenadora de Gestão de Parques e Biodiversidade Municipal, Tamires de Oliveira.
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