Diário de São Paulo
Siga-nos
Testeira
PARCERIA DE CONTEÚDO COM A PREFEITURA DE SP

Mapeamento inédito: Prefeitura de SP vira referência de recapeamento tecnológico com uso de IA

Neste ano, a ferramenta usada no mapeamento recebeu o Prêmio InovaCidade 2023, que reconhece iniciativas de toda a América Latina

Neste ano, a ferramenta usada no mapeamento recebeu o Prêmio InovaCidade 2023, que reconhece iniciativas de toda a América Latina - Imagem: divulgação Secretaria Municipal de Subprefeituras (SMSUB)
Neste ano, a ferramenta usada no mapeamento recebeu o Prêmio InovaCidade 2023, que reconhece iniciativas de toda a América Latina - Imagem: divulgação Secretaria Municipal de Subprefeituras (SMSUB)

Vitória Tedeschi Publicado em 29/09/2023, às 08h45


cabecalho-projeto-especial-prefspEm uma cidade com o tamanho de São Paulo, qualquer tipo de melhoria geral se torna um grande projeto, já que é preciso muito planejamento e tecnologia para que os grandes planos saiam do papel e sejam executados com eficiência.

Um bom exemplo de melhoria que está acontecendo neste momento na capital é o maior programa de recapeamento das ruas da capital paulista, que tem 17 mil quilômetros de vias e 196 milhões de metros quadrados com o asfalto em condições diferentes.

Foi pensando nesses desafios e no benefício deste serviço para a população, que a Prefeitura de São Paulo adotou um método de mapear, em tempo real, toda a malha viária de SP com o Sistema Gaia, implantado em 2019 pela Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB).

A grande importância desse levantamento aparece agora no programa que já recuperou 1,5 milhão de metros quadrados da malha viária do município e, somando as áreas já concluídas, em execução e as contratadas, o programa ultrapassou 9,9 milhões de metros quadrados.

O Gaia identifica a qualidade do pavimento pela ondulação do asfalto e classifica o estado da via entre ótimo, bom, regular, ruim e péssimo. A partir disso é que cada via paulistana consegue receber o olhar necessário e, depois, o recapeamento que precisa, otimizando recursos.

Desenvolvido junto com a Escola Politécnica da USP, o sistema funciona com a ajuda de cerca de 110 veículos, dentre táxis e carros de aplicativo, que levam um sensor no amortecedor e uma câmera no retrovisor. Toda vez que a ondulação da via faz o carro balançar, o solavanco é mapeado, classificado de acordo com o nível e registrado na Secretaria das Subprefeituras da capital.

Além disso, uma câmera instalada no retrovisor faz o serviço de identificar o local percorrido pelo carro. A deformação do pavimento é imediatamente registrada numa central de requisições dentro da Secretaria das Subprefeituras da capital. Toda vez que a ondulação da via faz o carro balançar, o solavanco é mapeado e classificado de acordo com o nível.

Segundo a Secretaria das Subprefeituras, os motoristas colaboradores recebem uma ajuda de custo em torno de R$ 500 mensais e esse monitoramento permite acompanhar as condições do asfalto em tempo real. Além, claro, da ajuda a longo prazo para o próprio serviço dos motoristas - já que uma melhor qualidade das vias gera menos manutenções nos veículos e menos gastos com combustível.

Anteriormente, todo esse mapeamento era feito de forma manual, com informações anotadas por meio de caneta e prancheta. Assim, o sistema inédito possibilitou analisar a qualidade das vias e identificar o asfalto da cidade digitalmente pela primeira vez.

De maneira complementar ao monitoramento feito pelos motoristas, trechos de asfalto em más condições são analisados por um equipamento chamado de PavScan, um scanner de pavimento. O dispositivo utiliza câmeras de alta resolução e feixes de raios laser, gerando imagens em três dimensões.

Com essas imagens é possível analisar o grau do desgaste do asfalto para definir qual é o tipo de intervenção necessária e o investimento.

Além dele, também faz parte do Sistema Gaia um outro equipamento, chamado FWD – Falling Weight Deflectometer (Defletômetro de Afundamento de Asfalto), ferramenta responsável por identificar a necessidade de reparos profundos, que se soma ao diagnóstico para identificar se há necessidade de reparos profundos.

Vale citar que todos os aparelhos usados neste mapeamento inédito são grandes aliados no maior recapeamento da história da cidade, que também se destaca pelo novo tipo de asfalto: o SMA (stone matrix asphalt ou asfalto de matriz de pedra), que é um material que dura mais e sofre menos deformações.

Além do Sistema Gaia, o recapeamento inédito de São Paulo conta também com o GeoInfra. Lançado em novembro de 2019, o sistema monitora a realização de obras de concessionárias na malha viária, nas calçadas, no subterrâneo e nas redes aéreas, e pode acompanhá-las de forma digital.

[Colocar ALT]

Isso garante mais controle sobre os serviços, pois, além da localização, há identificação do responsável pelos buracos abertos na cidade. Tudo isso gera investimento eficaz, com até 50% de economia financeira, material e verba pública, e mais qualidade no serviço.

Este conteúdo foi feito em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Para conferir a série de publicações sobre os principais temas da cidade, que teve início na quinta-feira (28), acesse o PDF do Diário de S.Paulo impresso - clicando neste link.

Compartilhe  

últimas notícias