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Cidade de São Paulo amplia serviços e se destaca como maior rede socioassistencial da América Latina

A capital possui mais de 25 mil vagas de acolhimento para pessoas em situação de vulnerabilidade

Centro de Acolhida para Mulheres “Lila Covas” é o primeiro serviço de acolhimento conjunto para mulheres adultas e idosas da cidade - Imagem: Gildson de Souza/SECOM
Centro de Acolhida para Mulheres “Lila Covas” é o primeiro serviço de acolhimento conjunto para mulheres adultas e idosas da cidade - Imagem: Gildson de Souza/SECOM

Vitória Tedeschi Publicado em 18/04/2024, às 10h20


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A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), mantém um compromisso contínuo com a melhoria e expansão dos serviços de acolhimento na rede socioassistencial. Buscando constantemente elevar a qualidade e diversificar os tipos de atendimento oferecidos, a cidade continua a expandir sua já robusta rede, que é considerada a maior da América Latina. Com a inauguração de novos serviços em diversas regiões da capital, o objetivo é atender de forma mais abrangente e eficaz às necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade.

Somente para acolhimento, são mais de 25 mil vagas. Os serviços de acolhimento da rede socioassistencial da Prefeitura de São Paulo são distribuídos em Centros de Acolhida (CA) para adultos, CA para Mulheres em Situação de Violência, CA para Gestantes, Mães e Bebê, hotéis sociais, Repúblicas para Adultos, Vilas Reencontro e outros.

Organizado pela administração municipal, o encaminhamento para cada um destes serviços de acolhimento da rede socioassistencial é feito de acordo com o perfil dos indivíduos e com a tipologia do serviço, respeitando o histórico da pessoa ou família a ser acolhida, através de um dos seis Centros POP existentes na cidade de São Paulo, por meio dos 54 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e 32 Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

A SMADS também atua diariamente na abordagem de pessoas em situação de rua por meio do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS). Além do SEAS, a pasta conta com as equipes do projeto Ampara SP, um conceito complementar à abordagem já existente às pessoas em situação de rua na capital. O projeto, implantado pela atual gestão em 2023, desenvolvese 24 horas por dia, durante sete dias da semana, e tem como foco o atendimento integral, escuta e acolhimento feitos por profissionais interdisciplinares.

Além da rede de acolhimento, estes serviços de abordagem também integram a rede socioassistencial, que conta com mais de 220 mil vagas de 1.095 serviços conveniados com entidades parceiras, que oferecem serviços de convivência e fortalecimento de vínculos.

Nova modalidade de acolhimento em São Paulo

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O espaço de acolhimento diferenciado da Prefeitura de São Paulo disponibiliza 300 camas, que são distribuídas em três andares de um edifício no centro histórico da cidade / Imagem: Marcelo Pereira

No final de 2023, a Prefeitura de São Paulo inaugurou a Unidade de Acolhimento (UNA) Amor à Vida, um serviço especialmente voltado para as pessoas em situação de rua que têm dificuldade em permanecer nos serviços convencionais da rede socioassistencial ou que querem apenas ter um local adequado para passar a noite.

Em parceria com o Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, o espaço de acolhimento diferenciado disponibiliza 300 camas, que são distribuídas em três andares de um edifício localizado na Rua General Carneiro, 175, no centro histórico da capital.

Com isso, o local é capaz de atender até 300 pessoas, entre homens e mulheres, em pisos separados. Cada andar é equipado com oito banheiros, chuveiros e adaptações que permitem acessibilidade para pessoas com deficiência.

Os acolhidos podem descansar, tomar banho e se alimentar no local. Sem regras pré-estabelecidas de horários para entrar ou sair, a ideia é que o serviço consiga cuidar do público que enfrenta dificuldade em cumprir todas as normas dos centros de acolhida mais tradicionais. As pessoas podem chegar ou sair sempre que quiserem e, mesmo assim, têm direito a tudo que é oferecido. A nova modalidade garante 600 refeições diárias, sendo 300 jantares e 300 cafés da manhã e funciona de portas abertas, das 17h às 8h.

O espaço proporciona um atendimento focado em suprir as necessidades básicas imediatas e ajudar a preservar a dignidade. Vale citar que o novo equipamento tem em seu quadro de funcionários pessoas com histórico de situação de rua, sendo 5% das funções voltadas ao público LGBTQIA+.

O Amor à Vida também conta com 18 monitores, quatro auxiliares de serviços gerais, quatro auxiliares de limpeza, quatro auxiliares de cozinha, três auxiliares administrativos e duas cozinheiras, além de um gerente e um assessor de projeto.

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Um dos diferenciais da Unidade de Acolhimento (UNA) Amor à Vida é receber pessoas que querem apenas ter um local adequado para passar a noite / Imagem: Marcelo Pereira

Inauguração de hospedagem social para pessoas em situação de rua

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A rede socioassistencial da cidade de São Paulo conta, atualmente, com 38 hotéis sociais espalhados pela cidade que dispõem de 4.295 vagas de acolhimento / Imagem: Leon Rodrigues/SECOM

No final do ano passado, foi inaugurada a primeira unidade de HospedagemSocial para Pessoas em Situação de Rua, uma nova tipologia de acolhimento da rede socioassistencial que reforça o compromisso social da gestão municipal de São Paulo.

Também chamado de “Hotel Social”, localizado no bairro da Liberdade, o local é direcionado aos que, mesmo em situação de rua, já estão inseridos no mercado de trabalho ou em busca de um emprego, e que apresentam alguma dificuldade com a adaptação nos Centros de Acolhida já existentes.

A modalidade oferta 1.000 vagas. O equipamento de Hospedagem Social para Pessoas em Situação de Rua da Liberdade disponibiliza 208 dessas vagas de acolhimento para indivíduos que vivem sozinhos ou casais sem filhos.

Além da hospedagem, no acolhimento de pessoas sozinhas ou casais também são ofertadas duas refeições ao dia: café da manhã e jantar, levando em consideração que os indivíduos devem estar trabalhando durante o dia. No acolhimento, as pessoas têm cama com colchão e travesseiro, local para guardar seus pertences, banheiro com toalha, shampoo, escova e pasta de dente.

A modalidade possui, ainda, uma gestão centralizada que dispõe de 28 profissionais de diversas áreas como assistente social, psicólogo, entre outros, à disposição dos hospedados. Cada acolhido tem um período inicial de três meses de permanência no equipamento. De acordo com a avaliação da equipe técnica, o prazo pode ser renovado, com possibilidade de extensão a até dois anos.

A rede socioassistencial da cidade de São Paulo conta, atualmente, com 38 hotéis sociais espalhados pela cidade que dispõem de 4.295 vagas de acolhimento. São equipamentos que, de forma individual, atendem a perfis diversos como homens, mulheres, idosos, famílias e o público LGBTQIA+.

O preenchimento destas vagas é determinado por meio de uma central, que é acionada pelos serviços de abordagem e encaminhamento de cada região da cidade. O mesmo público que é recebido nos hotéis sociais pode ser acolhido, também, em outros serviços tradicionais da rede socioassistencial, como os Centros de Acolhida 24h e os Centros de Acolhida Especiais, que variam de acordo com o perfil do indivíduo a ser recepcionado.

Em suma, nestes equipamentos a Organização da Sociedade Civil (OSC) responsável auxilia os acolhidos na busca de um emprego, capacitação profissional, reconstrução de laços familiares e/ou afetivos e propõe atividades socioeducativas, entre eles e também com a comunidade, como maneira de fortalecimento dos vínculos sociais e de reconstrução da autonomia, por meio de regras de convivência.

O que é a Rede Socioassistencial de São Paulo?

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Vila Reencontro Pari, na zona norte de São Paulo, é a terceira e maior unidade do programa: serviço oferece um ambiente seguro e bem estruturado para diversas famílias em situação de rua / Imagem: Edson Lopes Jr./SECOM

A Rede Socioassistencial é uma política social constituída por um conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios que compõem o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e são prestados diretamente ao cidadão ou por meio de convênios com organizações sem fins lucrativos.

Os princípios e diretrizes da política devem assegurar garantias sociais, como Segurança de Acolhida; Segurança de Sobrevivência e Renda e Segurança de Convívio e Convivência. A política de assistência social, bem como seus serviços são designados para o atendimento de todos, sendo pessoas de qualquer idade ou famílias que se encontram em situação de privação, vitimização, exploração, vulnerabilidade, exclusão pela pobreza, risco pessoal e social.

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) possui serviços de referência, responsáveis por assegurar a qualidade das ofertas da rede parceira, composto por 54 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), 30 Centros de Referência de Assistência Social (CREAS), 6 Centros POP e 1 Coordenação de Pronto Atendimento Social (CPAS).

Além destes, a Secretaria possui rede pública de assistência social composta por 1.475 serviços conveniados, com 347 Organizações da Sociedade Civil, que oferecem 246.550 vagas, registrando, assim, uma das maiores redes de serviços socioassistenciais da América Latina.

Para a população em situação de rua, dentre alguns dos serviços ofertados, estão as abordagens sistemáticas nas ruas e em pontos de concentração desta população, encaminhamentos para os núcleos de serviços e convivência, centros de acolhida e centros de acolhida especiais para públicos específicos como idosos, mulheres, LGBTQIA+ e catadores.

[Colocar ALT]Este conteúdo foi feito em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Para conferir a série de publicações sobre os principais temas da cidade, acesse o PDF do Diário de S. Paulo impresso - clicando neste link.

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