Estima-se que uma em cada quatro pessoas em situação de rua vive na cidade paulista
Marina Milani Publicado em 05/01/2024, às 08h10
Um estudo do Observatório Nacional dos Direitos Humanos, vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, revelou que uma em cada quatro pessoas em situação de rua no Brasil vive na cidade de São Paulo. Os dados de julho de 2023 indicam que a capital paulista abriga 54.812 pessoas sem residência formal, representando 25% da população total nessa condição no país.
O levantamento também apontou que o número de pessoas sem moradia cadastradas no Cadastro Único praticamente dobrou em cinco anos, passando de 116.799 em 2018 para 221.113 em julho de 2023. Esse aumento reflete a situação crescente de vulnerabilidade social no Brasil.
O perfil da população em situação de rua em 2023 era majoritariamente masculino (88%), com 57% na faixa etária entre 30 e 49 anos. A maior parte (68%) era composta por pessoas negras (50% pardas e 18% pretas). Os principais motivos apontados para a situação de rua foram problemas familiares (44%), desemprego (38%) e alcoolismo e/ou uso de drogas (28%).
São Paulo lidera a lista, seguida pelo Rio de Janeiro (6,3% do total) e Belo Horizonte (5,3%). O estudo destaca que, em 2023, sete cidades concentravam 51,5% da população em situação de rua: Salvador, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Curitiba, Campinas e Florianópolis.
Diante desse cenário, ativistas como Robson Mendonça, presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, apontam a necessidade urgente de políticas públicas que abordem a questão habitacional e promovam a empregabilidade dessas pessoas. A criação de programas e o cumprimento de leis, como a reserva de vagas de trabalho para essa população, são medidas apontadas como cruciais para enfrentar o problema.
Além disso, o estudo destacou a violência enfrentada por pessoas em situação de rua. Entre 2015 e 2022, foram registradas 48.608 notificações de violência com base na condição de situação de rua da vítima. A maioria das vítimas era composta por mulheres, que representavam 40% dos casos notificados em 2022.
Diante desse cenário complexo, a discussão sobre políticas sociais e direitos humanos se torna essencial para abordar a crescente crise de moradia e vulnerabilidade no Brasil.
Por fim, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da prefeitura de São Paulo informou que a capital possui a maior rede socioassistencial da América Latina, com cerca de 24 mil vagas de acolhimento para pessoas em situação de rua, distribuídas em diferentes tipos de serviços. A cidade destaca que o encaminhamento para esses serviços é feito de acordo com o perfil de cada indivíduo.
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