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Favelas da Zona Oeste de SP podem perder mais dois serviços de assistência, após fim do circo escola e curso profissionalizante

Famílias que vivem em comunidades na região do Butantã, Zona Oeste da capital, temem perder dois atendimentos de contraturno escolar oferecidos pela

Favelas da Zona Oeste de SP podem perder mais dois serviços de assistência, após fim do circo escola e curso profissionalizante
Favelas da Zona Oeste de SP podem perder mais dois serviços de assistência, após fim do circo escola e curso profissionalizante

Redação Publicado em 04/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h09


Famílias que vivem em comunidades na região do Butantã, Zona Oeste da capital, temem perder dois atendimentos de contraturno escolar oferecidos pela Prefeitura de São Paulo a 300 crianças carentes depois que a gestão municipal anunciou o fim do contrato com a entidade mantenedora e também encerrou outros dois serviços de assistência social na mesma região.

Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) disse que foi a entidade que solicitou rescisão da parceria, mas garantiu que as crianças e adolescentes continuarão sendo atendidos na região.

Logo no início da pandemia do coronavírus, alunos e funcionários do projeto Circo Escola Bom Jesus, na favela São Remo, atrás da Cidade Universitária, foram surpreendidos com o comunicado de que o projeto foi encerrado.

O Circo Escola também atendia 300 crianças no contraturno e no mesmo espaço funcionava outro serviço, o Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo para Adolescentes, Jovens e Adultos (Cedesp), com cursos profissionalizantes para 160 jovens e adultos da favela em busca de emprego.

Agora são os Centros para Crianças e Adolescentes (CCAs) Gracinha, no Jardim Monte Kemel, e Clarisse Ferraz Wey, no Jardim Jaqueline, na mesma região, que encerrarão as atividades no dia 8 de outubro.

CCA Gracinha, no Jardim Monte Kemel, região do Butantã, Zona Oeste da cidade de São Paulo — Foto: Frente de Luta dos CCAs/Divulgação
CCA Gracinha, no Jardim Monte Kemel, região do Butantã, Zona Oeste da cidade de São Paulo — Foto: Frente de Luta dos CCAs/Divulgação

Os locais atendem, juntos, 300 crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, durante 4 horas do contraturno escolar, com duas refeições, e atividades pedagógicas lúdicas, culturais e esportivas.

Contudo, a Organização da Sociedade Civil (OSC), Associação Pela Família (ASPF), que faz a gestão dos locais, colocou fim a um imbróglio que se arrasta desde antes da pandemia e decidiu encerrar a parceria com a prefeitura.

A entidade não conseguiu o valor para reformar seus espaços e torná-los acessíveis às pessoas com deficiência, conforme solicitação da Smads. Familiares de alunos chegaram a montar um grupo chamado “Fica Gracinha, Fica Clarisse”, fizeram um abaixo-assinado com quase 2.500 assinaturas e pediram ajuda ao Ministério Público.

Os CCAs Gracinha e Clarisse vão funcionar até esta primeira semana de outubro.

Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) informou que lançou dois editais para que entidades interessadas abram outros dois CCAs, e garantiu que até a conclusão do edital as crianças e adolescentes serão atendidos em outras unidades da região.

A pasta informou ainda que o número de vagas das unidades será mantido – 240 – e que outras 270 vagas foram aditadas no território para ampliar a capacidade de atendimento na região.

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G1

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