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Polêmica!

Alunos divulgam prints de professora se recusando a orientar universitários 'esquerdistas'

A docente do curso de Farmácia foi criticada por estudantes de todo o país

Professora de Universidade Federal se recusa a orientar alunos 'esquerdistas' - Imagem: reprodução redes sociais
Professora de Universidade Federal se recusa a orientar alunos 'esquerdistas' - Imagem: reprodução redes sociais

Vitória Tedeschi Publicado em 03/11/2022, às 14h40


Alunos do curso de Farmácia da Universidade Federal do Amapá (Unifap) denunciam que uma professora da instituição decidiu, arbitrariamente, deixar de orientar dois estudantes de mestrado ao descobrir que eles haviam votado em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito no segundo turno para presidir o país entre 2023 e 2026.

O assunto veio à tona na última quarta-feira (2), quando a Universidade confirmou que vai apurar o caso da professora Sheylla Susan Moreira da Silva de Almeida.

"Não quero esquerdista no meu laboratório", ela escreveu, em print divulgado pela União Nacional dos Estudantes (Veja mais abaixo). A UNIFAP afirmou que o fato se caracterizou como "assédio" e demonstrou "indignação".

Sheylla expôs no grupo formado por ela e aos estudantes da disciplina "Laboratório de Farmacognosia" que desistiria da orientação de dois alunos, identificados apenas como Líbio e Débora, por não concordar com a posição política dos estudantes.

"Amanhã estarei entregando a carta de desistência da orientação de vocês. Portanto, sigam a vida de vocês e que Deus os abençoe. Se tiver mais algum esquerdista, que faça o favor de pedir desligamento", dispara. A professora finaliza com a frase:

Ou estão comigo, ou estão contra mim."

O caso ganhou destaque após a União Nacional dos Estudantes (UNE) repercutir o caso e se posicionar contra a atitude da professora. "Até quando atos intolerantes e antidemocráticos serão tolerados dentro das instituições de ensino? As eleições já passaram, respeitem a democracia!", declarou a organização. 

Após a repercussão negativa do caso, Sheylla publicou um pedido de desculpas em seu perfil no Facebook. Segundo ela, "no calor das eleições", acabou se "excedendo nas palavras".

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Após grande repercussão, a professora se desculpou nas redes sociais / Imagem: reprodução Facebook
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