Fontes ouvidas pelo jornal O Globo relataram nesta segunda-feira (20) que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
Redação Publicado em 20/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 18h08
Fontes ouvidas pelo jornal O Globo relataram nesta segunda-feira (20) que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estaria checando toda a base de respostas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para verificar possíveis erros. Cerca de 3,9 milhões de candidatos fizeram o Enem nesta edição. A checagem é feita prova por prova, mas como as informações estão digitalizadas em um sistema de conferência é possível concluir o trabalho com muita rapidez.
O Globo questionou o Inep sobre a ampliação do escopo de verificação e sobre como é feita a checagem, mas o órgão afirmou que as informações só serão dadas em coletiva de imprensa às 19h desta segunda.
O problema teria ocorrido na impressão do lote de provas na gráfica. A empresa teria deixado de fazer um procedimento de segurança: a checagem , por meio de leitura ótica, do caderno de questões e do caderno de respostas. Ambos os documentos têm código de identificação e precisam passar pela checagem para que sejam encadernados juntos. Sem essa medida, teriam sido montados de forma errada, gerando as notas erradas.
Em entrevista à rádio Gaúcha , o ministro da Educação, Abraham Weintraub , afirmou que o problema teria ocorrido em uma impressora da gráfica que, segundo ele, “dava umas engasgadas” o que ocasionou falhas na junção da prova com o gabarito, interferindo no processo de correção.
Integrantes do Ministério da Educação (MEC) sustentam que o problema foi verificado apenas em uma parte específica das provas. A estratégia é tentar circunscrever a falha na correção a cerca de 5,5 mil provas, como forma de blindar o Enem de um clima de desconfiança generalizado e manter o calendário de seleções que usam a nota do exame, a começar pelo Sistema de Seleção Unificado (Sisu).
Números preliminares apontam que cerca de 170 mil participantes enviaram mensagem ao e-mail que o governo abriu para receber reclamações sobre notas inconsistentes. O governo foi questionado pelo O Globo sobre o número de queixas recebidas, mas não respondeu. Em entrevista à Rádio Gaúcha , o ministro afirmou que cerca de 200 mil candidatos pediram a revisão. O canal foi fechado às 10h desta segunda. A gráfica acompanha toda a checagem aberta pelo Inep nos últimos dias e deve soltar uma nota de esclarecimento, segundo pessoas com acesso aos trâmites internos. No entanto, até o momento, não houve manifestação da empresa.
Entidades estudantis acompanham o desenrolar da questão. A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) pretendem entrar com uma ação por danos morais contra o MEC pelos erros do Enem.
iG
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