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Política

Moeda sul-americana comum? Entenda a proposta e se o real deixaria ou não de existir

O presidente Lula falou sobre a iniciativa em sua primeira viagem internacional após a posse

Lula fala sobre moeda comum entre Brasil e Argentina - Imagem: reprodução Twitter @fernandohaddad @ricardostuckert
Lula fala sobre moeda comum entre Brasil e Argentina - Imagem: reprodução Twitter @fernandohaddad @ricardostuckert

Manoela Cardozo Publicado em 24/01/2023, às 11h45


A possibilidade de criação de uma moeda comum de Brasil e Argentina para transações comerciais se tornou um dos assuntos mais comentados sobre a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país vizinho.

Segundo informações do G1, essa foi a primeira viagem internacional do político desde que tomou posse no início do mês.

"Decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda sul-americana comum, que possa ser usada tanto para os fluxos financeiros como comerciais, reduzindo os custos operacionais e nossa vulnerabilidade externa", afirmou uma carta conjunta divulgada antes do encontro entre Lula e Alberto Fernández, presidente argentino.

Ainda durante o encontro, o presidente do Brasil reforçou a ideia: "Por que não tentar criar uma moeda comum como se tentou entre os países dos Brics? Acho que, com o tempo, isso vai acontecer. E acho que é necessário que aconteça".

Acontece que, ao saberem da notícia, muitas pessoas entenderam que Brasil e Argentina poderiam criar algo parecido com o euro — moeda única entre as duas maiores economias da América do Sul que substituiria tanto o real brasileiro como o peso argentino.

Contudo, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, fez questão de desmentir a notícia assim que desembarcou em Buenos Aires no último domingo (22).

A moeda comum que os dois países estão estudando criar apenas no futuro serviria apenas para facilitar as transações comerciais, sem a necessidade de recorrer ao dólar.

De acordo com a proposta, a nova moeda seria utilizada apenas para fluxos financeiros e comerciais entre países da região — Haddad ainda deixou claro que todos os países teriam liberdade para adotá-la apenas domesticamente ou manter suas moedas.

Desta forma, tanto Argentina como Brasil poderiam manter o peso e o real, respectivamente.

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