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Investigação

Mensagens apreendidas pela PF mostram que Mauro Cid já imaginava que seria preso

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, coronel Mauro Cid, foi preso em 3 de maio de 2023 por falsificação

Mensagens apreendidas pela PF mostram que coronel Cid já imaginava que seria preso - Imagem: reprodução Twitter I @SergioAJBarrett
Mensagens apreendidas pela PF mostram que coronel Cid já imaginava que seria preso - Imagem: reprodução Twitter I @SergioAJBarrett

Milleny Ferreira Publicado em 15/02/2024, às 12h34


Após a Polícia Federal apreender mensagens enviadas pelo ex-ajudante de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, pode ser confirmado a preocupação e receio do coronel com a possibilidade de ser preso após deixar o governo após firmar o acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para fazer uma delação premiada. 

De acordo com as apurações, toda essa preocupação iniciou-se em 2 de janeiro de 2023, quando Cid compartilhou com o general Estevam Theophilo, o até então comandante de Operações Terrestres (Coter) do Exército, uma reportagem que informava o que poderia acontecer se caso Bolsonaro fosse preso, e o texto dizia que o auxiliar do ex-presidente também poderia ir parar atrás das grades até a segunda semana do novo governo.  

Em resposta para Cid, Teophilo diz que iria conversar com o recém-empossado comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, e o garantiu: "Nada lhe acontecerá" . 

De acordo com as informações apuradas pelo portal O Globo, a PF, deduziu que a resposta dada pelo general à Cid “demonstra que os investigados, já durante o novo governo, ainda acreditavam que poderiam interferir nas investigações criminais em andamento”. 

Ainda durante as conversas obtidas pela PF, Cid comentou sobre algumas prisões a alguns integrantes do governo do DF na situação do dia 8 de janeiro e se mostrou com um alívio. "Nessa guerra toda pelo menos eles me esquecem... Eu acho". 

Mas o que ele não sabia era que viria a ser preso em quatro meses após essa conversa, em 3 de maio junto com outros cinco companheiros e suspeitos de participarem de uma falsificação de cartões de vacinação. 

A defesa de Mauro Cid disse que não teve acesso aos autos da última operação. "Enquanto não tivermos tudo, não podemos emitir conclusões, até pelo sigilo que assiste a investigação".

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