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Bolsonaro solicita liberação de seu passaporte à Moraes para viajar para Israel

Advogados do ex-presidente entraram com um pedido da liberação do passaporte antes da revelação da estadia de Bolsonaro na embaixada

Bolsonaro solicita liberação de seu passaporte à Moraes para viajar para Israel - Imagem: reprodução redes sociais
Bolsonaro solicita liberação de seu passaporte à Moraes para viajar para Israel - Imagem: reprodução redes sociais

Milleny Ferreira Publicado em 28/03/2024, às 10h13


Foi criada uma petição pedindo que fosse feita a liberação do passaporte de Jair Bolsonaro (PL) que foi retido pelas autoridades em fevereiro deste ano, seus advogados confirmaram a informação e apresentaram o pedido junto com um convite feito pelo próprio primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para que Bolsonaro visite o país em maio, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 

Ainda durante este mês de março, dois dos governadores aliados do ex-presidente foram convidados por Netanyahu e foram até Israel e chegaram a visitar Jerusalém, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás. Bolsonaro também estava na lista de convidados, porém sua saída não foi autorizada por Moraes. 

De acordo com o portal Metrópoles, o pedido de liberação do passaporte do ex-presidente foi feito antes que fosse anunciado pelo jornal The New York Times a com vídeos da estadia de dois dias de Bolsonaro na Embaixada da Hungria em Brasília durante o carnaval deste ano. 

Jair Bolsonaro foi abrigado na embaixada após ter tido o seu passaporte apreendido pelas autoridades da Polícia Federal (PF), com o intuito de investigar a suposta trama golpista em que o ex-presidente permaneceria no poder após a derrota para Lula (PT) durante as eleições presidenciais de 2022.

As embaixadas do país são consideradas invioláveis, sob jurisdição de outros países, com isso não é possível realizar nenhuma busca ou apreensão, requisição, embargo ou medida de execução dentro do prédio. Ou seja, mesmo que fosse dada voz de prisão pelo Supremo, Bolsonaro não poderia ser apreendido por estar dentro da embaixada sem que fosse dada uma autorização húngara.

Vale ressaltar que o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, é expoente da extrema-direita mundial e aliado de Bolsonaro.

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