A ação ocorre a poucos dias do julgamento do TSE, que pode tornar o ex-presidente inelegível
Mateus Omena Publicado em 17/06/2023, às 17h55
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a fazer discursos contrários à vacinação e usando afirmações falsas para convencer seus apoiadores a rejeitarem a vacina contra a covid-19, sem qualquer embasamento científico.
Em evento de filiação do PL na cidade de Jundiaí, em São Paulo, Bolsonaro disse ter lido a bula do imunizante e disse que a composição incluiria "grafeno" que, segundo ele, se acumularia nos "testículos e ovários".
No entanto, as falas foram feitas enquanto o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) argumentava sobre a importância do grafeno para o desenvolvimento econômico. Por definição, o grafeno é um material composto por átomos de carbono e tem sido apontado como o futuro da tecnologia, de acordo com o Inmetro.
As bulas dos imunizantes da Pfizer, Coronavac e Janssen, que são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), não citam a presença de grafeno na composição.
Por causa da divulgação de notícias falsas sobre as vacinas, Bolsonaro passou a ser alvo de investigações em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2021, durante uma das ondas de contaminação pela doença, o ex-presidente associou a vacinação ao vírus da aids.
O político está na cidade de Jundiaí com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para filiar o prefeito da cidade, Luiz Fernando Machado, ao PL. Agora ex-tucano, Machado era aliado político ex-governador João Doria, que se colocou como um principais opositores de Bolsonaro na Presidência justamente por causa dos ataques do ex-presidente às vacinas. O prefeito de Jundiaí chegou a coordenar a comunicação de Doria na campanha presidencial do ano passado, antes de o ex-tucano desistir da disputa.
A volta do uso de notícias falsas por Bolsonaro ocorre a cinco dias de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir sobre sua inelegibilidade justamente por espalhar mentiras. No caso em que responde por abuso de poder político e dos meios de comunicação no TSE, Bolsonaro é acusado de veicular mentiras sobre o funcionamento das urnas eletrônicas a embaixadores durante a campanha eleitoral do ano passado.
A investigação judicial eleitoral (AIJE) apresentada pelo PDT contra Bolsonaro por usar a estrutura do Palácio da Alvorada na tentativa de convencer embaixadores de que as eleições brasileiras seriam fraudadas está pautada para ir a julgamento na próxima quinta-feira (22). Se ex-presidente seja condenado pela maioria dos sete ministro da Corte, ele ficará inelegível por oito anos.
O resultado do julgamento pode torná-lo o primeiro ex-presidente a perder os direitos políticos por decisão da Justiça Eleitoral decorrente de crimes praticados no exercício do mandato.
O presidente Lula (PT), por exemplo, chegou a ficar inelegível por causa de condenações pela Justiça comum no âmbito da operação Lava Jato, o que o enquadrava na Lei da Ficha Limpa. Anos depois, porém, o petista acabou tendo as condenações anuladas pelo STF, que considerou a 13ª Vara Federal de Curitiba incompetente para julgá-lo e o ex-juiz Sergio Moro parcial na condução do caso.
Leia também
VÍDEO: Maíra Cardi ignora comentários e fala sobre "chupar rola" na frente da filha
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
BOMBA! Andressa Urach revela se já fez sexo com o próprio filho
Caso Kate a Luz: outra jovem brasileira denuncia a coach pelos mesmos crimes
Andressa Ferreira dá melhor resposta sobre ser a mãe 'verdadeira' do filho com Thammy Miranda
Membro do partido Democrata pede que Biden abandone sua candidatura
Manifestantes barram passagem de Bolsonaro em Rodovia no Pará
Haddad afirma que alterar IOF para conter o dólar não é uma possibilidade
Governo busca proibir Meta de usar dados de usuários para treinar IA
Em meio a ressaca de vitórias, Corinthians busca novo reforço para a equipe