A agência passará a contar com mais acadêmicos para trabalhar na nova fase
Nathalia Jesus Publicado em 03/03/2023, às 09h13
A nova Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ganhará um caráter mais civil após passar por uma reformulação promovida pelo governo federal.
Uma das principais funções da agência será identificar e monitorar grupos extremistas que se organizam nas redes sociais para se antecipar a ataques contra a democracia, como os ocorridos no 8 de janeiro.
Segundo informações do g1, os financiadores de grupos de disseminação de ideias antidemocráticas e discurso de ódio estarão no radar principal da nova Abin.
A ideia é que o mundo acadêmica passe a ser ouvido na reformulação da atual estratégia da Abin, definida ainda no governo Temer pelo general Sérgio Etchegoyen. A linha de atuação da Abin está expressa na Política Nacional de Inteligência e na Estratégia Nacional de Inteligência. Os dois documentos serão revisados.
Esta será apenas uma das principais mudanças na filosofia de atuação da agência, que ficará fora da tutela militar, como definiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Neste modelo, deixa de ser prioridade para a Abin monitorar possíveis inimigos do governo, essência do antigo Serviço Nacional de Informações dos militares, e passará a se envolver em questões relevantes de políticas públicas.
O futuro chefe da agência, delegado Luiz Fernando Corrêa, costumava dar um exemplo prático: se a fome é um grande flagelo nacional, a Abin não pode ficar de fora do tema. E como seria essa contribuição? Assim como são conhecidos os gargalos da infraestrutura do agronegócio, a inteligência de estado colaboraria no sentido de apontar os gargalos da "agricultura familiar", um dos pilares do combate à miséria.
A Abin foi criada ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso para ser uma agência de inteligência civil. mas rapdamente passou a ser tutelada pelo Exército, ficando subordinada ao GSI, antiga Casa Militar.
Após FHC, a presidente Dilma foi a única a tentar resgatar o caráter civil da agência. Na ocasião, a presidente teria ficado insatisfeita com a inteligência nacional por não ter conseguido prevenir e explicar como ela foi grampeada pelo governo norte-americano. Dilma também reclamava que recebia um relatório "chulé" da inteligência, com notícias que já haviam saído nos jornais.
Outros episódios importantes também marcaram a derrocada da inteligência. No governo Temer, a agência não conseguiu antecipar a greve dos caminhoneiros e, no governo Bolsonaro, não monitorou que aviões da FAB, comitiva presidencial, transportavam cocaína.
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