Acusado de hostilizar Moraes em aeroporto nega agressões em depoimento à PF

Nathalia Jesus Publicado em 16/07/2023, às 18h40

Alex Zanatta Bignotto, um dos acusados de hostilizar o ministro Alexandre de Moraes e sua família no aeroporto internacional de Roma, prestou depoimento na Delegacia da Polícia Federal de Piracicaba, em São Paulo. Na manhã deste domingo (16), o empresário foi ouvido pelos investigadores e negou que tenha praticado o crime.

O advogado de Bignotto, na saída da delegacia, afirmou que o cliente nega todas as acusações. "Ele em absoluto fez qualquer ofensa ao ministro, mas nós estaremos esclarecendo isso nos autos e tudo será muito bem esclarecido no curso das investigações", disse o advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho.

O suspeito tem 41 anos e atua no ramo de imóveis, em Santa Bárbara d'Oeste, no interior paulista.

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Stettinger também vai representar Andreia Mantovani e o empresário Roberto Mantovani Filho, cujo envolvimento no caso foi apontado pela Polícia Federal. Ambos foram intimados a depor pela manhã, mas alegaram que tinham uma viagem prevista e, por isso, não seria possível comparecer à delegacia.

O depoimento deles está previsto para terça-feira (18), às 9h, também em Piracicaba. O filho do casal, que presenciou a confusão, vai prestar depoimento no mesmo horário como testemunha, segundo informações do g1.

Agressões

O ministro foi encurralado por três brasileiros por volta das 18h45 (horário local), na última sexta-feira (14). Uma mulher identificada como Andréia xingou Moraes de "bandido, comunista e comprado".

Na sequência, um homem identificado como Ronaldo Mantovani Filho reforçou os xingamentos. Ele chegou a agredir fisicamente o filho do ministro do STF.

Outro homem, identificado como Alex Zanatta, se juntou aos dois agressores disparando palavras de baixo calão.

Moraes retornava da Universidade de Siena, onde realizou uma palestra no Fórum Internacional de Direito. As informações sobre as agressões foram confirmadas por interlocutores da Polícia Federal e do Ministério da Justiça.

Os três brasileiros que participaram das agressões se tornaram alvos de um inquérito da PF, mas não chegaram a ser presos.

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