O cabo da Polícia Militar (PM) Carlos Alberto Ribeiro, de 36 anos, atirou sete vezes contra a balconista Lorena Aparecida dos Reis Pessoa, de 29 anos, e a
Redação Publicado em 03/10/2017, às 00h00 - Atualizado às 07h37
O cabo da Polícia Militar (PM) Carlos Alberto Ribeiro, de 36 anos, atirou sete vezes contra a balconista Lorena Aparecida dos Reis Pessoa, de 29 anos, e a matou enquanto o filho deles dormia em outro cômodo da casa, em Santa Bárbara d’Oeste (SP), segundo o Ministério Público (MP). Ribeiro não aceitou o fim da relação e premeditou o homicídio, diz o MP.
O crime ocorreu em 8 de agosto e o órgão denunciou o acusado na semana passada. “Segundo se apurou, o denunciando é policial militar e, embora casado, mantinha um relacionamento afetivo com a vítima (Lorena), com quem teve um filho”, aponta a denúncia oferecida à Justiça.
De acordo com o MP, Lorena quis terminar o relacionamento depois de descobrir que o policial era casado. A descoberta ocorreu durante o processo que ela moveu contra ele pela paternidade do filho.
Ribeiro passou a ameaçá-la e afirmava não aceitar o fim da relação. No dia do crime ele viajou de São José do Rio Preto (SP), onde mora, até Santa Bárbara d’Oeste para matar a vítima, diz a promotoria.
O feminicídio ocorreu na casa da vítima, na Vila Aparecida, por volta de 0h30. “No local, o denunciando disparou sete vezes contra a ofendida e, depois, fugiu”. Vizinhos ouviram os tiros, foram à residência dela, pegaram a criança enquanto dormia e levaram para outra casa.
Em seguida, o policial se entregou na 2ª Companhia da Polícia Militar, em Santa Bárbara d’Oeste. “É certo que o crime foi cometido por motivo torpe, uma vez que o denunciando não aceitou o término do relacionamento e decidiu acabar com a vida da vítima”, diz o MP.
“O crime de homicídio foi praticado por meio cruel, uma vez que a vítima foi atingida por sete disparos de arma de fogo. O crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi pega de surpresa, quando estava em sua casa e tinha seu filho pequeno dormindo e recebeu diversos tiros nas costas”, complementa a denúncia.
Além disso, a promotoria diz que o homicídio foi cometido contra mulher, “em razão da condição de sexo feminino – violência doméstica”. Ouvido, o acusado afirmou, segundo o MP, que se arrependeu do crime, mas que ele foi premeditado.
O MP denunciou Ribeiro por homicídio quadruplamente qualificado com base nos incisos 1 (torpe), 3 (cruel), 4 (recurso que dificultou a defesa) e 6 (contra a mulher por razões da condição de sexo feminino).
O policial segue detido no presídio militar Romão Gomes. A Justiça indeferiu um pedido de liberdade provisória em 14 de setembro.
O G1 tentou contato com a defesa do policial militar durante a tarde desta segunda-feira. À noite, o advogado afirmou que representa o réu, mas está “deixando o caso”.
Na data do crime, a PM comunicou, por nota, que lamentava a morte da vítima “atingida por disparos de arma de fogo”. Ele atuava há sete anos na corporação.
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