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Vandalismo

08 de janeiro: saiba quem são os investigados 1 mês após ataques em Brasília

Sete investigações foram abertas pelo Supremo Tribunal Federal

O dia 08 de janeiro foi marcado por atos antidemocráticos - Imagem: reprodução Twitter
O dia 08 de janeiro foi marcado por atos antidemocráticos - Imagem: reprodução Twitter

Manoela Cardozo Publicado em 08/02/2023, às 08h46


Os ataques do dia 08 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes em Brasília completaram um mês.

Segundo informações do G1, os atos provocaram várias prisões dos participantes, afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e exoneração — dispensa do cargo — de servidores.

No total, foram feitas 1.406 prisões em flagrante. Dessas, 942 pessoas tiveram a prisão convertida em preventiva e 464 conseguiram liberdade provisória.

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu sete investigações, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O que aconteceu?

  • O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado em um dos inquéritos;
  • O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, foi preso;
  • O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi afastado do cargo;
  • O ex-comandante-geral da PMDF, Fábio Augusto Vieira foi preso, mas teve liberdade provisória concedida pelo ministro Alexandre de Moraes;
  • O número 2 da Segurança Pública do Distrito Federal, Fernando de Souza Oliveira, foi exonerado do cargo e continua na mira das investigações;
  • Além de Fernando, outros 12 servidores da Segurança do DF que trabalhavam no dia dos atos foram exonerados;
  • André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Waiãpi (PL-AP) são investigados em três inquéritos. Os deputados federais são suspeitos de incitação aos ataques de 08 de janeiro.

No total, a PGR já denunciou 653 pessoas pelos ataques em Brasília. Os vândalos são acusados de crimes como:

  • Incitar a animosidade entre as Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais;
  • Associação criminosa;
  • Golpe de Estado;
  • Tentativa de abolir, com violência ou grave ameaça, o Estado Democrático de Direito;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;
  • Deterioração de patrimônio tombado;
  • Associação criminosa armada.

Controladoria-Geral da União (CGU)

A CGU explicou que já deu início as análises da participação de agentes públicos nos atos antidemocráticos, desde o recebimento de denúncias e fontes de informação.

Até o momento, dois servidores foram identificados e seus respectivos órgãos de origem foram acionados para apuração: Ministério da Fazenda e Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM).

“Os demais casos foram arquivados por motivos diversos tais como: aposentadoria, pensionista, estagiários e contratados temporariamente”, concluiu a CGU.

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