Diário de São Paulo
Siga-nos
Lamentável

Pastor utilizava momento sagrado para abusar sexualmente de três meninas

Ele foi preso na tarde da última quinta-feira (20)

Uma das vítimas tinha um ferimento no peito - Imagem: reprodução/Freepik
Uma das vítimas tinha um ferimento no peito - Imagem: reprodução/Freepik

Thais Bueno Publicado em 21/10/2022, às 15h52


A Polícia Civil prendeu, na tarde da última quinta-feira (20), um pastor de 62 anos suspeito de abusar sexualmente de três meninas indígenas, que tinham idade entre 9 e 10 anos.

De acordo com o boletim de ocorrência, o caso aconteceu em uma igreja, localizada em uma aldeia indígena de Aquidauana, a 138 km de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Informações que vieram da denúncia realizada aos policiais afirmaram que o pastor estava aproveitando o período de oração na igreja para cometer o suposto delito, principalmente durante o momento de consagração das crianças.

A polícia ficou sabendo do ocorrido através do Conselho Tutelar, que recebeu denúncias de violência sexual. 

Em entrevista ao G1, Isabelle Sentinello, delegada responsável pelo caso, contou que as meninas tiveram que realizar exames de delito. Através deles, foi constatada um ferimento no peito de uma das vítimas.

"As meninas são de uma aldeia, em Aquidauana. Ouvimos as mães das vítimas e foi feito exame de corpo de delito em uma das vítimas, onde foi constatado a mama lesionada. As meninas relataram que ele passava a mão nos seios das crianças e nas coxas, próximo a parte íntima".

Apesar do pastor ter dado um curto depoimento alegando que só tocava nas crianças em um ato de oração e consagração, mas não com intenções sexuais, sua defesa falou para o G1 que não iria se manifestar sobre o acontecimento, pois o caso será tratado em segredo na Justiça.

"As mães estão muito abaladas, elas acreditavam que o local era um ambiente seguro, e, na verdade estavam sendo abusadas", reforçou a delegada.

O homem teve prisão preventiva decretada e o mandado foi cumprido na última quinta-feira (20), por profissionais da Seção de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM).

O caso continuará sendo investigado como estupro de vulnerável e os policiais tentam descobrir se existem outras vítimas do líder religioso.

Compartilhe  

últimas notícias