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Câncer falso

Mulher fingia ter câncer para pedir dinheiro nas redes sociais e farsa é descoberta pela polícia

A suspeita fazia campanhas e rifas para custear um tratamento que não existia

Mulher fingia ter câncer para pedir dinheiro nas redes sociais e farsa é descoberta pela polícia - Imagem: divulgação
Mulher fingia ter câncer para pedir dinheiro nas redes sociais e farsa é descoberta pela polícia - Imagem: divulgação

Nathalia Jesus Publicado em 06/01/2023, às 10h44


Camilla Maria Barbosa dos Santos foi indiciada por estelionato pela Polícia Civil de Goiás após fingir ter câncer para aplicar golpes na internet.

Segundo a investigação, a mulher de 27 anos fazia campanhas e rifas na web para arrecadar dinheiro para custear suspostos tratamentos para a doença que, de acordo com ela, já estava em estado avançado de metástase.

Camilla compartilhava vídeos e fotos com relatos sobre a vida com câncer. Além disso, a mulher ainda exibia a cabeça raspada, que seria uma consequência do tratamento da doença terminal. Contudo, de acordo com o delegado responsável pelo caso, Fernando Nogueira Boaventura Gontijo, Camilla não apresentou nenhum documento que comprovasse que ela realmente tem câncer.

Em seu depoimento para a polícia, a suspeita disse que ter tido um câncer de mama pela primeira vez em 2017, mas teria conseguido se curar. No ano passado, ela teria recebido m novo diagnóstico da doença, mas, desta vez, mais grave que o último, já com metástase no intestino e no pulmão após pegar dengue.

Em um vídeo divulgado pela polícia, a suspeita aparece se apresentando e falando sobre a sua batalha contra o câncer. Em outra publicação, a mulher aparece pedindo dinheiro para fazer uma ressonância e conseguir voltar para casa. Outro post mostra a organização de um jantar beneficente para arrecadação de dinheiro para ajudá-la.

Segundo a polícia, diversas pessoas foram até a delegacia para denunciar o golpe. As vítimas, que incluem até amigos próximos de Camilla, relataram que deram dinheiro para ela pudesse realizar exames e comprar remédios, mas começaram a desconfiar de algumas atitudes da jovem.

As primeiras denúncias teriam surgido há cerca de dois meses. Na última quinta-feira (05), o inquérito foi concluído pela polícia.

O hospital em que Camilla afirmava manter o seu tratamento desde julho de 2022, o Araújo Jorge, afirmou que a mulher nunca foi paciente da unidade.

Os responsáveis pelo hospital ainda afirmaram que Camilla chegou a ser retirada do local depois que ela foi flagrada "tirando fotos em uma maca no setor de quimioterapia" e utilizando cartão de identificação de outros pacientes.

O portal UOL entrou em contato com Camilla através das redes sociais, mas, até o momento, ela não se pronunciou sobre as acusações.

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