Torcedores de Athletico e Flamengo se assustaram com os preços para acompanhar a partida
Nathalia Jesus Publicado em 04/10/2022, às 11h11
Uma torcedora do Athletico e um grupo de amigas decidiram acompanhar a final da Copa Libertadores 2022 bem de perto. Porém, os preços para a hospedagem e a logística complicada para chegar a cidade equatoriana de Guayaquil foram obstáculos a serem considerados na hora de fechar esse sonho.
Determinadas a acompanhar o time que voltou para a decisão da competição continental após 17 anos o grupo ousou na escolha de como fazer o desejo se tornar possível e viável.
A solução encontrada foi fretar um voo e fazer uma rifa para conseguir arcar com os custos. O prêmio da rifa foram assentos no avião.
A ideia de freta um avião veio de Roberta Salles, empresária no ramo de turismo e torcedora do Athletico.
Em entrevista ao UOL Esporte, Roberta disse que já havia intermediado um voo em condições parecidas, na final da Copa do Brasil de 2019, uma partida entre o Furacão e o Internacional.
Para a cidade do Equador, Roberta encontrou maiores dificuldades, tanto na oferta de voos, que são baixas e com muitas escalas, quanto na questão logística de hospedagem, uma vez que não há locais disponíveis e o mais viável seria fazer uma viagem bate-volta.
A torcedora do Furacão explicou que o investimento para assistir a final é de cerca de R$ 11 mil, alto, porém, ainda mais em conta que os bilhetes que saíriam de Curitiba para Guayaquil.
Segundo Roberta, 215 das 245 poltronas já foram compradas. A opção se tornou ainda mais viável porque muitas pessoas gostariam de voltar do Equador a tempo de participar da votação para presidente que acontecerá no dia seguindo à partida (30).
"Como nós sabíamos que a final seria em Guayaquil e o atleticano é sempre bem maluco, eu já vinha falando com a empresa proprietária do avião que queria reservar um voo para a final da Libertadores. Começamos a conversar em março. Assim que conseguiram, recebi uma lista no Twitter de quase 400 pessoas interessadas, mas eu sabia que nem todos fechariam. No dia de pagar, 50 pessoas saíram da lista. Por isso, fizemos a rifa para movimentar o voo. Atualmente, faltam 30 lugares para fechar o voo. Caso a gente não consiga, já está acertado que vamos pagar essa diferença entre nós", detalhou Roberta ao UOL.
No início a ideia da rifa não parecia que ia conseguir o alcance necessário. As organizadoras pretendiam vender os bilhetes a um valor acessível e pretendiam conseguir 500 adeptos.
No primeiro bloco de vendas, o valor do bilhete era de R$ 25 para concorrer a uma vaga no avião. A rifa se espalhou pelas redes sociais e, ao final da movimentação, as torcedoras conseguiram vender 2.036 números.
Com o sucesso do método, as organizadoras decidiram ampliar o quadro de vencedores para quatro assentos no voo.
Como ainda faltam 30 lugares no avião para serem preenchidos, a torcedora espera conseguir fazer mais uma rifa para conseguir recursos e dar a oportunidade para mais um atleticano apaixonado pelo Furacão acompanhar a partida no Equador.
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