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Denúncia

Médico acusado de ter ficado nu em posto de gasolina desmente acusações

O profissional, Fernando Manna, e seu advogado conversaram exclusivamente com o Diário de S.Paulo e explicaram o que aconteceu

O médico classifica as acusações como inverídicas - Imagem: arquivo pessoal
O médico classifica as acusações como inverídicas - Imagem: arquivo pessoal

Vitória Tedeschi Publicado em 21/12/2022, às 14h42


Nesta quarta-feira (21), a defesa do médico paulista Fernando Roberto Ferreira Manna Moraes, de 43 anos, e o próprio profissional falaram com exclusividade ao Diário de S. Paulo sobre as acusações, classificadas por eles como inverídicas, do que teria ocorrido no dia 7 de setembro deste ano, em um posto de gasolina, em Florianópolis.

Naquela noite, após um tumulto no local, o profissional foi acusado por frentistas de assédio a uma funcionária do estabelecimento, identificada pelo Guararema News como Josiane Rodrigues. Eles afirmaram, de acordo com o G1, que o rapaz andou nu no ambiente do estabelecimento e tentou atropelá-los.

No entanto, segundo o médico, as notícias que afirmam que ele estava pelado e praticou assédio são falsas e não correspondem com o que realmente aconteceu naquela noite. Inclusive, imagens das câmeras de segurança local provam que ele estava vestido ao chegar no posto e que não 'andou nu no ambiente' como afirmado pelos funcionários.

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Nas gravações das câmeras de segurança da loja de conveniência do posto é possível ver o médico vestido / Imagem: arquivo pessoal

Celso Carvalho, advogado responsável pela defesa do médico, salienta que as imagens comprovam o que o acusado afirma desde o início e endossam que as alegações dos funcionários do local não correspondem com a realidade.

"Após a instrução do procedimento policial instaurado, os vídeos de monitoramento juntados ao inquérito demonstram que o acusado jamais se despiu na loja de conveniência e não assediou ninguém", diz Celso.

O profissional ainda afirma que as gravações também ajudam a validar as afirmações de que ele não tentou atropelar ninguém e comenta sobre o status das acusações do Mistério Público.

"Tampouco tentou atropelar ninguém na condução de seu veículo, tanto que o Ministério Público afastou essas acusações, o que foi acatado pelo juízo", completa ele.

Ao Diário, Fernando afirmou que as alegações dos funcionários do posto de combustível, que ganharam grande repercussão na imprensa, geraram diversos danos de ordem psicológica para sua carreira profissional e vida pessoal. 

Estou sendo ameaçado pelos filhos de minhas pacientes, estou há três meses sem dormir, sou motivo de vergonha para minha família, perdi metade de meus empregos", conta o médico sobre os efeitos que as acusações têm tido em sua vida.

Ele ainda afirma que existe um processo aberto no CRM (Conselho Regional De Medicina) para cassação do seu direito de trabalhar como médico e que por isso está fazendo de tudo para que as informações verdadeiras sejam divulgadas.

Preciso fazer o que é necessário para defender meu direito de trabalhar", diz Fernando.

Na nota mais recente da assessoria jurídica do médico foi esclarecido que ele se dirigiu ao "banheiro da loja de conveniência, manteve uma ligação com uma amiga sua e, que por estar sob efeito de álcool, acabou se despindo dentro do banheiro, quando foi interrompido pelo funcionário do posto que iniciou uma série de agressões como: cárcere privado, ameaça mediante diversas pessoas armadas de porretes".

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Em dado momento das gravações, funcionários do posto aparecem com um bastão que teria sido usado para agredir Fernando / Imagem: arquivo pessoal

Além disso, foi dito também que houve um linchamento contra Fernando, que resultou em lesão na cabeça, que necessitou de sutura, joelho machucado, que carecerá de cirurgia, além de pedradas, chutes e pauladas. O médico ainda teria tido prejuízos com seu veículo, que foi atingido por pedras e pauladas (veja a nota na íntegra abaixo).

Nota da defesa

"A assessoria jurídica do médico Fernando Manna Moraes vem trazer sua versão sobre o incidente que ocorreu na Lagoa da Conceição na noite do dia 07 de setembro passado.

O Dr Fernando foi acusado, somente pela palavra dos funcionários do posto de combustível da Lagoa da Conceição, de importunação sexual e por tentativa de homicídio, fatos estes que são completamente falsos.

A realidade é que o Dr Fernando, após dirigir-se ao banheiro da loja de conveniência, manteve uma ligação com uma amiga sua e, que por estar sob efeito de álcool, acabou se despindo dentro do banheiro, quando foi interrompido pelo funcionário do posto que iniciou uma série de agressões como: cárcere privado, ameaça mediante diversas pessoas armadas de porretes, depois iniciou-se um linchamento, que resultou em lesão na cabeça, que necessitou de sutura, joelho machucado, que carecerá de cirurgia, além de pedradas, chutes e pauladas e, ainda, teve seu veículo atingido por pedras e pauladas.

O Dr Fernando jamais atentou contra a vida de qualquer pessoa ou importunou alguém sexualmente, portanto, nega todas as acusações a ele imputadas, sendo que as filmagens das câmeras de segurança devidamente juntadas no inquérito policial confirmam sua versão.

Afirma que as providências na esfera civil e penal contra os responsáveis, verdadeiros infratores da ocasião, estão sendo preparadas e serão efetivadas no seu tempo".

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