Diário de São Paulo
Siga-nos
Florianópolis

Médico é acusado de ficar nu em posto e história tem desfecho surpreendente

O homem chegou no local, tirou a roupa e começou a andar nu em direção ao banheiro do posto

Médico é acusado de ficar nu em posto e história tem desfecho surpreendente - Imagem: reprodução g1
Médico é acusado de ficar nu em posto e história tem desfecho surpreendente - Imagem: reprodução g1

Vitória Tedeschi Publicado em 09/09/2022, às 16h46


Na madrugada da última quinta-feira (8) um médico de 43 anos foi presoem um posto de gasolina em Florianópolis após ficar nu dentro da loja de conveniência e assediar funcionárias chamando-as para o verem e participarem de vídeos eróticos.

Além disso, também segundo o g1, ele ainda teria ameaçado atropelar funcionários do estabelecimento após uma das trabalhadoras se recusar a participar das imagens.

De acordo com testemunhas, foi por volta das 22h que o homem chegou no local, tirou a roupa e começou a andar nu em direção ao banheiro do posto. Lá, ele teria chamado uma das funcionárias para que entrasse com ele no lavabo, com o objetivo de causar ciúmes na namorada.

A PolíciaMilitar foi acionada e após audiência o homem foi liberado, porém com o uso de tornozeleira eletrônica.

No entanto, tempos depois, o médico teria voltado ao local em seu carro em alta velocidade ameaçando os frentistas. Ainda segundo o g1, o médico teria chegado a bater nas bombas de combustível.

À polícia, o médico disse, em interrogatório, que havia consumido cocaína e bebidas alcoólicas antes do ocorrido. Declarou, segundo a Polícia Civil, que ficou pelado no posto de gasolina "porque queria ser visto".

Ele informou que não lembra quem são as pessoas que o agrediram, mas conta que recebeu uma paulada na cabeça.

Além disso, teria confirmado à polícia que voltou a ficar pelado e que subiu no veículo após ser agredido. Após tirar a roupa, ele disse que entrou no carro, assumiu a direção do automóvel, mas alegou que não lembra do que aconteceu depois.

É importante ressaltar que na época do ocorrido a defesa havia se pronunciado alegando que o médico enfrenta problemas de saúde que, "aliados ao uso de álcool, desencadearam ações pelas quais não tinha capacidade de responder no momento" (veja na nota da defesa abaixo). 

No entanto, mais de um mês depois, em 21 de outubro, a nota foi retificada. Isso porque os advogados do médico conseguiram ter acesso às filmagens do posto de gasolina no dia do fato e observaram que havia acontecido.

Foi quando houve uma nova justificativa que alega que o médico "jamais atentou contra a vida de qualquer pessoa ou importunou alguém sexualmente", foi acusado apenas pelo depoimento dos funcionários e que foi alvo de tentativa de linchamento (veja a nova nota no fim da reportagem).

Primeira nota da defesa

"No tocante aos fatos imputados ao dr., a defesa ressalta que o médico enfrenta problemas de saúde que, aliados ao uso de álcool, desencadearam ações pelas quais não tinha capacidade de responder no momento. O alegado será suficientemente provado a tempo e modo.

Por ora, a defesa já comprovou a inexistência de intento homicida, o que foi inclusive endossado pelo Juízo ao conceder a liberdade provisória ao acusado.

Aguardamos o deslinde do procedimento e a eventual oferta de denúncia pelo representante do Ministério Público para, conhecedores da delimitação da acusação que será feita, podermos nos manifestar com maior propriedade sobre todos os fatos."

Última nota da defesa

"A assessoria jurídica do médico vem trazer sua versão sobre o incidente que ocorreu na Lagoa da Conceição na noite do dia 07 de setembro passado.

O Dr foi acusado, somente pela palavra dos funcionários do posto de combustível da Lagoa da Conceição, de importunação sexual e por tentativa de homicídio, fatos estes que são completamente falsos.

A realidade é que o médico, após dirigir-se ao banheiro da loja de conveniência, manteve uma ligação com uma amiga sua e, que por estar sob efeito de álcool, acabou se despindo dentro do banheiro, quando foi interrompido pelo funcionário do posto que iniciou uma série de agressões como: cárcere privado, ameaça mediante diversas pessoas armadas de porretes, depois iniciou-se um linchamento, que resultou em lesão na cabeça, que necessitou de sutura, joelho machucado, que carecerá de cirurgia, além de pedradas, chutes e pauladas e, ainda, teve seu veículo atingido por pedras e pauladas.

Ele jamais atentou contra a vida de qualquer pessoa ou importunou alguém sexualmente, portanto, nega todas as acusações a ele imputadas, sendo que as filmagens das câmeras de segurança devidamente juntadas no inquérito policial confirmam sua versão.

Afirma que as providências na esfera civil e penal contra os responsáveis, verdadeiros infratores da ocasião, estão sendo preparadas e serão efetivadas no seu tempo".

Compartilhe  

últimas notícias