Em depoimento, a jovem conta que o agressor ameaçou matar ela e outros membros de sua família
Mateus Omena Publicado em 17/06/2023, às 20h35
Um homem foi preso em flagrante após ser filmado abusando sexualmente da enteada de 16 anos. As imagens foram feitas pela própria menina, que deixou o celular gravando no quarto, informou a Polícia Civil.
O crime aconteceu na última sexta-feira (18) e o suspeito foi detido após denúncia feita pela vítima, na zona rural de Vicência, município na Mata Norte, em Pernambuco.
Em respostas à TV Globo, Thiago Henrique, responsável pela Delegacia de Nazaré da Mata, onde o caso está sendo investigado, o padrasto, que é agricultor, se casou com a mãe da vítima em 2018. Um ano depois, começaram os abusos.
O delegado também disse que a menina contou que era ameaçada pelo padrasto, que teria dito que mataria ela e a mãe, caso ela contasse a alguém sobre os episódios de abuso.
O investigador afirmou, ainda, que, na sexta-feira (16), a jovem conseguiu gravar o abuso, o que permitiu a prisão em flagrante.
"Ele não teve como negar. Não quis dar mais esclarecimentos, só confirmou que era ele no vídeo. E disse que não queria falar mais nada".
Segundo o delegado, a mãe teria dito desconhecer os abusos, mas contou que o padrasto era ciumento com a menina e não gostava que ela interagisse com rapazes.
A Polícia Civil informou que o suspeito foi encaminhado para a audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça.
O crime de estupro é qualquer conduta com uso de ameaça ou violência que atente contra a dignidade e liberdade sexual de alguém, segundo lei brasileira de 2009.
De acordo com as autoridades, não é preciso haver penetração para ser estupro. Sexo oral, masturbação e ejaculação, como a que ocorreu em transporte público em São Paulo, são crimes caracterizados como estupro.
Entenda, a seguir, o que fazer para denunciar:
1º Primeiro passo?
Em primeiro lugar, é fundamental procurar a delegacia mais próxima -- já que o boletim de ocorrência pode ser feito em qualquer uma delas. Mas, caso a vítima prefira atendimento especializado, é possível procurar as Delegacias da Mulher.
Segundo a Polícia Civil, a cidade de São Paulo conta com 9 delas -- e uma funciona 24 horas por dia. Ao final do texto, confira lista de links para encontrar delegacias em todos os estados brasileiros.
2º Como fazer boletim de ocorrência?
Não é possível fazer o boletim de ocorrência por estupro pela internet. Por telefone, pode-se ligar para 180 (Central de Atendimento à Mulher) para obter mais informações. No entanto, segundo atendimento da 1ª Delegacia da Mulher em São Paulo, ainda assim será necessário comparecer a uma delegacia.
Por lei, a vítima tem até seis meses para fazer o boletim de ocorrência.
3º É necessário ter provas?
O relato da vítima é suficiente para dar início à investigação. Por outro lado, caso a vítima possa levar testemunhas e seja capaz de descrever ou tenha conhecimento do autor do crime, a investigação é facilitada, informa atendimento da 1ª Delegacia da Mulher.
4º Documento de identificação é obrigatório?
É importante para agilizar o atendimento, mas a identificação não é imprescindível. Segundo a 1ª Delegacia da Mulher, é possível fazer o levantamento da identificação na própria delegacia caso a vítima esteja sem os documentos.
5º A vítima deve passar no Instituto Médico Legal?
A perícia no Instituto Médico Legal vai depender de cada caso e só será pedida se houve agressão física e estupro consumado, informa a 1ª Delegacia da Mulher.
6º A vítima será medicada?
Em episódios de estupro com penetração, a vítima deve receber rapidamente a pílula do dia seguinte e a profilaxia para prevenção ao vírus HIV, à hepatite e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis. Os remédios são fornecidos gratuitamente pelos serviços de saúde pública até 72 horas após o crime.
7º A vítima pode recorrer a uma delegada mulher?
É possível sim fazer o pedido, no entanto nem sempre ele será atendido em todas as delegacias. Só a Delegacia da Mulher está preparada para atender essa demanda.
8º A vítima pode pedir acompanhamento policial para voltar para a casa?
Caso a vítima se sinta ameaçada, é possível pedir acompanhamento para retornar à residência.
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