Diário de São Paulo
Siga-nos
investigação

Glória Perez revela como investigou sozinha assassinato da filha e pedido especial a HBO

Documentário sobre a morte da filha da escritora estreia nesta quinta-feira (21) na HBO Max

Daniella Perez foi assassinada por colega de elenco durante as gravações da novela "De Corpo e Alma" - imagem: reprodução Instagram @hbomaxbr
Daniella Perez foi assassinada por colega de elenco durante as gravações da novela "De Corpo e Alma" - imagem: reprodução Instagram @hbomaxbr

Fernanda Viana Publicado em 21/07/2022, às 17h46


Em entrevista para a Folha, a dramaturga Glória Perez contou sobre como iniciou uma investigação por conta própria sobre o assassinato da filha, Daniella Perez, e o pedido especial que fez para a HBO Max antes de começarem a produzir o documentário sobre a morte da atriz - que estreia nesta quinta-feira (21).

Gloria conta como particiou ativamente das buscas, rastreando possíveis testemunhas, coletando evidências e expondo os erros das autoridades brasileiras.

"Eu sabia que ela jamais iria para aquele lugar (o matagal na Barra da Tijuca) sozinha. E eu tinha que ir atrás daquelas pessoas que tinham visto o que realmente tinha acontecido, porque se a mãe não vai, quem é que vai?", declarou Glória.

Na entrevista para a colunista Monica Bergamo, Gloria conta como ficou chateada com a despersonificação de Daniella por parte da imprensa, que tratou o caso de forma sensacionalista.

Guilherme de Pádua, assassino e colega de cena da atriz, alegou que a matou por "acreditar que seu papel estava sendo reduzido, enquanto a jovem ganhava destaque".

"É óbvio que você fica chateada: A tua filha acaba de sofrer uma violência horrorosa, e eu andava na rua e estava estampado nas capas das revistas, em todas as bancas, as cenas da novela. [...] Não é justo que ela tenha sito assassinada da maneira brutal que foi e ainda tenha sido descrita através das palavras de um assassino como uma pessoa louca, fora de si", desabafou.

Sobre isso, Perez pediu à HBO que nem Guilherme de Pádua, nem Paula Thomaz - esposa e cúmplice de Pádua no crime - fossem ouvidos para o documentário. "Para que entrevistar agora? Para dar palco para psicopata? O que eles têm a dizer a mais do que já foi dito?", apontou.

Guilherme aguardou o julgamento na prisão e foi condenado em 1997. Em 1999 recebeu liberdade condicional e abandonou a vida artística. Atualmente, trabalha como pastor evangélico em uma igreja em Belo Horizonte.

Daniella Perez foi morta com 18 perfurações no corpo quando saia de uma gravação da novela "De Corpo e Alma", da Globo, da qual era protagonista junto com Pádua. O crime completará 30 anos no dia 28 de dezembro e ganha nesta quinta-feira o documentário da HBO Max com falas de Glória, Claudia Raia, Fábio Assunção, Glória Maria, entre outros artistas próximos à atriz.

O documentário também traz o que esá nos autos do processo junto com falas inéditas de profissionais essenciais para a reconstituição e solução do caso, como o promotor Piñero Filho e a testumunha principal Antonio Curado.

Assista ao trailer:

Compartilhe  

últimas notícias