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Saúde do Corpo

Confira quais os impactos que a privação de sono pode causar na sua saúde

Um sono de qualidade é diretamente ligado ao bem-estar do corpo e da mente

Um sono de qualidade é diretamente ligado ao bem-estar do corpo e da mente - Imagem: Reprodução/Freepik
Um sono de qualidade é diretamente ligado ao bem-estar do corpo e da mente - Imagem: Reprodução/Freepik

Ana Rodrigues Publicado em 06/12/2023, às 10h04


Todo mundo que dormir bem, até porque, um sono de qualidade é diretamente ligado ao bem-estar do corpo e da mente, já que ele impacta diretamente o humor, a vida social, os sistemas imunológicos e cardiovasculares, o trabalho e a vida conjugal do individuo.

Segundo o g1, o sono é um pilar essencial para a nossa saúde, combinado com a atividade física e alimentação. Por isso, ele não deve ser negligenciado.

Nosso corpo funciona como uma máquina e o sono é o principal promotor do equilíbrio interno do organismo. Tudo precisa funcionar de forma excelente e quem dá equilíbrio nos processos fisiológicos é ele. Se ele está ruim, o corpo vai falhar", explicou Monica Andersen, diretora do Instituto do Sono e professora da Unifesp.

Confira alguns exemplos de como o sono pode afetar a saúde:

  • Distúrbios cardiometabólicos: um sono insuficiente tem sido associado ao aumento do risco de diabetes gestacional, obesidade, diabetes, doença arterial coronária e doenças cardiovasculares;
  • Sistema imunológico e infecções: o sono equilibra o nosso sistema imunológico. A falta de sono tem sido associada a uma resposta ruim com vacinações e aumento do risco de Covid-19 e resfriado comum.
  • Problemas neurológicos: o sono é um fator essencial para a consolidação da memória. Os distúrbios do sono contribuem para o declínio cognitivo e para o aumento do risco de desenvolver Alzheimer e doença relacionada.
  • Distúrbios psiquiátricos e psicológicos: o sono regula a emoção e o bem-estar psicossocial. A falta de sono regulado aumenta o risco de ansiedade, depressão grave, transtorno bipolar.
  • Problemas sexuais: algumas pesquisas apontam que a privação de sono pode estar associada à uma redução do desejo e excitação das mulheres. Nos homens, a falta de sono pode aumentar o risco de disfunção erétil e diminuir a produção de testosterona.
Sabemos que sem sono não vivemos e que dormir é fundamental até para você funcionar durante o dia. A imunidade melhora, o raciocínio melhora, a saúde melhora. Vários processos ocorrem durante o sono, como a consolidação da memória, a saúde cardiovascular, o metabolismo. Não existe saúde geral sem uma boa noite de sono. A necessidade de promover a saúde do sono nas agendas de saúde pública em todo o mundo", alertou a neurologista Dalva Poyares, uma das autoras do artigo.

As especialistas ainda explicaram que esses prejuízos são sentidos por pessoas que privam o sono por um longo prazo. Sendo assim, tudo bem não ter uma noite boa de sono, o problema é quando a noite mal dormida se torna recorrente.

Segundo especialistas, dormir bem é uma sensação subjetiva, mas está associada a ter um sono na qualidade e quantidade adequadas.

Uma sensação de acordar bem, espontaneamente, passar o dia bem. Esses são pequenos sinais de que você está dormindo bem", disse Poyares.

Sempre ouvimos que o ideal é dormir 8 horas por noite, mas não é bem assim. Para começar, cada indivíduo é único. Por isso, não existe um número mágico de horas recomendadas, além disso, a necessidade muda conforme a idade.

O adulto dorme entre 7 e 9 horas. Ainda é normal que durma ou 6 ou 10 horas. Não existe um número chave, mas existe uma média para cada faixa etária para recuperar energia, capacidade de resolução de problemas, de viver um dia disposto", explicou Sandra Doria, otorrinolaringologista com especialização em Medicina do Sono e pesquisadora do Instituto do Sono.

Qual seria a média de horas que devemos dormir ao longo da vida?

  • Recém-Nascido (entre 0 e 3 meses): Mínimo de 14h e Máximo de 17h;
  • Bebê (entre 4 e 11 meses): Mínimo de 12h e Máximo de 15h;
  • Criança pequena (entre 1 e 2 anos): Mínimo de 11h e Máximo de 14h;
  • Criança pré-escolar (entre 3 e 5 anos): Mínimo de 10h e Máximo de 13h;
  • Criança escolar (entre 6 e 13 anos): Mínimo de 9h e Máximo de 11h;
  • Adolescentes (entre 14 e 17 anos): Mínimo de 8h e Máximo de 10h;
  • Adultos jovens (entre 18 e 25 anos): Mínimo 7h e Máximo 9h;
  • Adultos (entre 26 e 64 anos): Mínimo de 7h e Máximo de 9h;
  • Idoso (mais de 65 anos): Mínimo de 7h e Máximo de 8h.
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