Prefeitura de São Paulo investe na rede de saúde e expande unidades de atendimento; como aproveitar os serviços?

A saúde, um direito de todos os seres humanos, garantido na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, vem recebendo grande atenção por parte da Prefeitura de São Paulo. Para ampliar e aprimorar os serviços prestados à população, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, tem investido na melhoria e aumento do número de equipamentos com o programa Avança Saúde SP.

No contexto brasileiro, o acesso à saúde foi uma conquista do movimento da Reforma Sanitária, refletindo na criação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição Federal de 1988. A partir disso, a principal porta de entrada para essa rede de saúde em São Paulo são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

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Unidades Básicas de Saúde (UBSs)

Cada um dos munícipes da capital paulista possui uma UBS de referência para atendimento e acompanhamento. São 470 UBSs ao todo, espalhadas por todos os bairros da cidade, que oferecem atendimentos de saúde individual e voltados às famílias, por meio do programa Estratégia Saúde da Família (ESF). O projeto atua na realização de consultas simples e exames de rotina, além de vacinação e distribuição de medicamentos, preservativos e insumos diversos.

As UBSs, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, são o primeiro passo para ter contato com o SUS, já que as unidades são responsáveis por casos não graves e mais simples, que nem sempre precisam ser tratados em grandes hospitais, por exemplo.

Em quais casos você deve procurar uma UBS?

• Diarreia;
• Dor de cabeça;
• Resfriado ou gripe;
• Escoriações por queda;
• Acompanhamento de usuários com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.

Vale ressaltar que entender para que servem as UBSs é importante, pois muitas vezes as pessoas buscam por hospitais - e sobrecarregam esse serviço - quando, na verdade, poderiam ter seus problemas solucionados nas Unidades Básicas de Saúde, muitas vezes, mais próximas de suas residências.

Além das já existentes, a gestão municipal realiza a construção de mais 33 UBSs, que serão entregues pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), sendo seis com previsão para 2023: duas na região sudeste (Guarani Vargas e Vila Gumercindo), três na zona leste (Keralux, Atualpa e Cosmopolita) e uma na zona norte (Jardim Antártica).

Já para 2024, estão previstas as entregas de 23 UBSs: cinco na zona leste (Jardim Conquista II,Parque das Flores, Jardim Popular, Jardim Helena e Jardim Lapenna), nove na zona sul (Parque Santo Antônio II, Jardim Reimberg, Cidade Dutra, São Bernardo, Vila Rubi, Alto Umuarama, Jardim Kyoto, Jardim Progresso e Parque dos Búfalos), quatro na zona oeste (Caju,Malta II, Ipojuca e Real Parque II), duas na zona norte (Jardim Brasília e Jardim Fontalis) e três na região sudeste (Primavera Colorado, Engº Trindade e Americanópolis)

Quatro UBSs estão com entrega prevista para 2025, as unidades se encontram em fase de licitação: uma na região norte (Recanto dos Humildes), uma na zona sul (Cantinho do Céu) e duas na zona leste (Nova Conquista e Santa Luzia).

Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)

A rede municipal de saúde conta também com Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), que têm como função o atendimento de pessoas com doenças ou agravos de baixa e média complexidade nas áreas de clínica médica, pediatria e cirurgia geral ou ginecologia.

O objetivo deste serviço é ampliar o acesso de pacientes que necessitam de atendimento imediato, racionalizar, organizar e estabelecer o fluxo de pacientes para as UBSs, Ambulatórios de Especialidades e hospitais.

Existem três categorias de AMA: a tradicional: atendimento de segunda-feira a sábado, das 7h às 19h; as hospitalares: integradas a hospitais, funcionam 24 horas e as de especialidades: prestam atendimento secundário complementar à saúde e oferecem apoio e retaguarda às UBSs da região e às AMAs tradicionais.

Quando procurar uma AMA Tradicional?

• Crises de pressão alta;
• Torções;
• Dor de ouvido ou garganta;
• Crise de asma;
• Infecção urinária;
• Pequenos ferimentos.

Sobre a terceira categoria das AMAs, as AMAs Especialidades (AMAs-E) disponibilizam consultas diariamente em ortopedia, cirurgia vascular, cardiologia, endocrinologia, neurologia, urologia e reumatologia. Além das consultas, o local dispõe também de exames de eletrocardiograma, teste ergométrico, holter, monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa), doppler vascular, eletroencefalograma, ultrassonografia, raio-X e exames laboratoriais. As 14 unidades espalhadas pela capital funcionam de segunda a sábado, das 7h às 19h.

Ambulatório de Especialidades (AE)

Na área dos atendimentos especializados, os cidadãos paulistanos também são amparados com mais uma opção, o Ambulatório de Especialidades (AE), que tem 14 unidades responsáveis por realizar consultas médicas especializadas e exames de apoio diagnóstico.

Em média, são oferecidos dez tipos diferentes de especialidades médicas, como ortopedia, cardiologia, endocrinologia, neurologia, urologia, cirurgia geral, entre outros. Algumas unidades realizam procedimentos cirúrgicos de baixa complexidade. Os munícipes podem ter acesso aos serviços por meio de agendamento prévio feito pelas UBSs.

Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)

A Prefeitura de São Paulo também tem trabalhado intensamente para ampliar o número de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Até 2017, a cidade tinha apenas três UPAs, agora já são 24. As UPAs são unidades de saúde de complexidade intermediária e estão aptas a atender casos de emergência e maior urgência.

Diferentemente das outras unidades citadas, as UPAs concentram atendimentos de média complexidade, como quadros agudos, cirúrgicos e traumas, além de investigação diagnóstica. Essas Unidades oferecem uma estrutura com raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação. As unidades funcionam 24 horas por dia, de segunda a segunda.

Além disso, tais unidades oferecem uma estrutura com raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação. As unidades funcionam 24 horas por dia, de segunda a segunda.

Quando procurar uma UPA?

• Pressão ou febre alta;
• Fraturas;
• Cortes,
• Infarto;
• Derrame.

No local, o paciente é avaliado de acordo com a classificação de risco, estabilizado, podendo ser liberado para acompanhamento na UBS, ou, dependendo do estado de saúde, encaminhado para uma unidade de internação (hospital). Essas unidades têm capacidade para atender sem necessidade de encaminhamento a um pronto-socorro hospitalar em 97% dos casos.

Desde 2017, foram entregues 21 UPAs pela gestão municipal, e outras 21 ainda serão entregues, sendo quatro previstas para ainda este ano: Butantã, na zona oeste; Vila Maria Baixa, na zona norte; Jardim Helena, na zona leste e Vera Cruz, na zona sul.

Já em 2024, devem ser entregues uma UPA na zona leste (Atualpa), três UPAs na zona norte (Jardim Peri, 21 de junho, e Santana), duas na zona oeste (Lapa e Butantã), três na região sudeste (Sacomã, Augusto Gomes de Matos e Sapopemba) e três na zona sul (Cidade Ademar, Grajaú e Capela do Socorro).

Além destas, em 2025, devem acontecer as entregas de mais seis UPAs, que se encontram em fase de licitação, sendo três na zona leste (Laranjeiras, Cidade Tiradentes II e São Mateus), uma no centro (Barra Funda), uma na zona norte (Perus) e uma na região sudeste (Vila Prudente).

Outros atendimentos

A rede de saúde de São Paulo conta ainda com outros pontos de atendimento: o Pronto Socorro/Pronto Atendimento (PS/PA) e os hospitais Dia (HDs) e os Municipais (HMs). O primeiro conta com 12 unidades que oferecem assistência aos munícipes com ou sem risco de vida, cujos agravos à saúde necessitam de atendimento imediato de alta complexidade. Tais unidades funcionam no sistema porta aberta, 24 horas por dia, de segunda a segunda.

Já os Hospitais Dia (HDs), somam 17 unidades no município de São Paulo e disponibilizam assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial para a realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, que requeiram a permanência do paciente na unidade por um período de até 12 horas.

Por último, as 28 unidades dos Hospitais Municipais (HMs) oferecem atendimento das urgências e emergências, internação por especialidades e serviços especializados para tratamento intensivos.

Quando procurar os hospitais?

• Emergências que necessitam de internação;
• Cirurgias;
• Acompanhamento cirúrgico;
• Exames mais elaborados;
• Maternidade;
• Exames de imagem e casos mais complexos.

No local, são realizadas cirurgias agendadas (eletivas) e cuidados para gestantes, como o parto. As unidades hospitalares contam também com assistência multiprofissional aos pacientes em regime de internação e são realizados exames diagnósticos e terapêuticos agendados e para pacientes em internação.

Samu

Vale lembrar ainda que, além de todos os serviços físicos disponibilizados por todos os bairros de São Paulo, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está à disposição de todos os cidadãos pelo telefone 192.Atualmente, a capital conta com 85 bases de atendimento distribuídas em todas as regiões da cidade.

O telefone 192 é um serviço de atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência da Prefeitura de São Paulo.

O serviço pode ser acionado por meio de telefones sem custo nenhum e atende apenas situações de emergências médicas. O que você deve saber antes de ligar para o 192: o que aconteceu com o paciente; informações de endereço rua, avenida, número, bairro e referência do local da ocorrência; dados do paciente, como nome, idade e sexo; e o número do telefone de onde você está ligando.

Como encontrar os serviços de saúde?

Para encontrar qualquer uma das unidades de saúde citadas acima, basta acessar o site de busca da prefeitura, que informa a UBS responsável pelo atendimento no bairro do usuário, além das UPAs, hospitais e postos de vacinação mais próximos.

Todos os cidadãos têm direito a usar todos os serviços e equipamentos de saúde disponibilizados pela Prefeitura de São Paulo, residente ou não, da cidade de São Paulo, como por exemplo, um turista, imigrante ou refugiado. Isso porque, a Saúde atua dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).

No entanto, vale citar que para utilizar tais serviços a pessoa deve apresentar documento com foto e realizar o cadastro na recepção da unidade. Alguns locais também solicitam o Cartão Nacional de Saúde (CNS) do SUS, portanto, vale tê-lo em mãos também.

Para adquirir o Cartão do SUS, cujo direito é estendido a todos também, basta comparecer, de segunda a sexta-feira, em uma das UBSs habilitadas a fazer o cartão, com o RG (original ou cópia) e um comprovante de residência.

Para crianças que ainda não tenham RG, a Certidão de Nascimento (original ou cópia) é suficiente. Também é possível fazer um cadastro prévio pelo Portal do Cidadão.

Este conteúdo foi feito em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Para conferir a série de publicações sobre os principais temas da cidade, acesse o PDF do Diário de S.Paulo impresso - clicando neste link.