Mauro Cid tenta esconder dinheiro em espécie da PF e não responde perguntas em depoimento

Nathalia Jesus Publicado em 04/05/2023, às 11h48

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro preso na última quarta-feira (03), tentou esconder dos agentes federais uma quantia de dinheiro vivo que tinha em casa. Em seu depoimento no prédio da PF, não respondeu às perguntas que foram feitas.

Além de Cid, outras cinco pessoas foram presas em uma operação deflagrada pela Polícia Federal. A corporação investiga um esquema de fraudes nos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras pessoas ligadas a ele.

De acordo com as investigações, foram incluídas nos cartões doses de vacina contra a Covid que não foram de fato tomadas por Bolsonaro. O intuito era viabilizar a entrada dele nos Estados Unidos, no fim do ano passado, segundo os agentes. Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão.

Os agentes da PF descobriram o dinheiro na casa de Cid quando o tenente-coronel entregava as armas de fogo que estavam na residência guardadas em um cofre, que ele se apressou para fechar. Segundo informações do g1, os policiais pediram para que ele abrisse novamente o cofre e encontaram lá US$ 35 mil em espécie e R$ 16 mil, também em dinheiro vivo.

Diante dos policiais federais, em depoimento já no prédio da PF em Brasília, Mauro Cid teria aparentado um nervosismo atípico, além de não conseguir responder às perguntas de forma objetiva sobre a suspeita de fraude nas carteiras de vacinação.

Carteira de vacinação para assessor

Em uma troca de mensagens vista no celular de um dos alvos da Polícia Federal, Mauro Cid resolve a situação de um assessor que diz que não poderia embarcar para os Estados Unidos com Bolsonaro, pois não havia se vacinado.

De acordo com as mensagens, Cid consegue resolver o problema em um dia e manda entregar uma carteirinha constando a vacina ao auxiliar, que consegue seguir em viagem com o então presidente.

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