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Decisão de Moraes autoriza prisão de Mauro Cid por envolvimento em associação criminosa

Documento indica que ministro do STF, com base em relatório da PF, aponta "fortes indícios" de envolvimento em ao menos seis crimes

Decisão de Moraes autoriza prisão de Mauro Cid por envolvimento em associação criminosa - Imagem: Divulgação / Carlos Moura/SCO/STF
Decisão de Moraes autoriza prisão de Mauro Cid por envolvimento em associação criminosa - Imagem: Divulgação / Carlos Moura/SCO/STF

Marina Roveda Publicado em 04/05/2023, às 08h12


Na quarta-feira (03), o Ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) levantou a confidencialidade de documentos relacionados à Operação Venire, uma investigação da Polícia Federal que mira o ex-presidente Jair Bolsonaro por supostas irregularidades em dados de vacinas.

Moraes autorizou a prisão de Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro, e citou a existência de uma associação criminosa com o objetivo de cometer fraude inserindo dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde.

 “A Polícia Federal aponta a existência de uma associação criminosa com vários beneficiários, entre eles uma parlamentar federal, para a inserção de dados falsos nos sistemas do SUS, possibilitando aos investigados a obtenção dos benefícios do certificado de vacinação sem que, necessariamente, tenham se vacinado”, disse o ministro. 

Seis indivíduos foram implicados no esquema, incluindo Cid, dois militares, um secretário municipal e dois outros que usaram certificados falsos de vacinação.

Moraes afirmou que havia "fortes indícios" de materialidade e autoria de seis crimes pelos suspeitos, incluindo associação criminosa, falsificação de documentos e corrupção de menores. O juiz também ordenou a apreensão de armas, munições, computadores, celulares, passaportes e outros dispositivos eletrônicos pertencentes aos seis suspeitos.

A investigação tem como alvos Bolsonaro e o deputado federal Gutemberg Reis de Oliveira como possíveis beneficiários do esquema. O relatório da polícia mostra que o esquema criminoso tinha como objetivo fraudar os dados do cartão de vacinação no sistema ConectSUS.

Bolsonaro nega ter tomado a vacina contra a COVID-19 e, no caso dele e de sua filha, a inserção de duas doses da vacina Pfizer ocorreu em 21 de dezembro de 2022, dias antes de viajarem para os Estados Unidos após a eleição presidencial.

Não tomei vacina. Não existe adulteração da minha parte, não tomei a vacina”, afirmou nesta quarta-feira.

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