O senador levantou uma acusação polêmica contra o ex-presidente e Daniel Silveira
Nathalia Jesus Publicado em 03/02/2023, às 11h43
Em seu depoimento para a Polícia Federal, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) mudou a sua versão sobre a associação do nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo a gravação ilegal de conversas do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os esclarecimentos foram prestados à PF na última quinta-feira (02), após o senador afirmar em uma live na madrugada do dia anterior que foi coagido em uma reunião com Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) para participar de um plano de golpe de Estado.
No entanto, diante dos agentes, Marcos do Val mudou a sua versão. Na tentativa de eximir o ex-presidente, o senador afirmou que, no momento da declaração, estava sob pressão após receber críticas de apoiadores de Bolsonaro por parabenizar Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pela reeleição à presidência do Senado.
“Tem coisas que não deveriam ter sido ditas. É a questão da falta daquela malícia de um político que eu nunca fui”, afirmou do Val para a imprensa.
“Começaram a me atacar, dizendo que eu tinha mentido. Disseram que eu era traidor e teve movimento enorme, até as 2 da manhã. Minha família inteira recebeu mensagem. Você chega em um nível de irritabilidade gigantesco. Chega uma hora em que você não suporta. E aí, a declaração na live foi um desabafo”, relatou o senador em seu depoimento.
Na nova versão, Marcos do Val disse que partiu de Daniel Silveira a ideia de marcar um reunião com Moraes para forçá-lo a confessar que desrespeitou a Constituição Federal durante as eleições presidenciais de 2022.
Em seu depoimento para a Polícia Federal, o senador reafirmou as acusações contra o ex-deputado do Rio de Janeiro.
“Hoje, a pessoa que estava provocando essa situação toda, Daniel Silveira, está no lugar que deveria estar e não deve sair de lá”, afirmou do Val se referindo à prisão do ex-deputado pelo descumprimento de medidas cautelares previamente estabelecidos pelo STF.
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