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"Missão não acabou"

Bolsonaro anuncia quando vai voltar para o Brasil

O discurso do ex-presidente aconteceu em uma igreja nos Estados Unidos

Bolsonaro anuncia quando vai voltar para o Brasil - Imagem: reprodução redes sociais
Bolsonaro anuncia quando vai voltar para o Brasil - Imagem: reprodução redes sociais

Jessica Anjos Publicado em 12/02/2023, às 09h55


Durante um evento em uma igreja na Flórida, Estados Unidos, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) deu uma palestra e anunciou que pretende retornar ao Brasil "nas próximas semanas". Além disso, o político afirmou que a sua "missão ainda não acabou".  

Por melhor que esteja em qualquer lugar do mundo, não existe algo melhor do que a nossa terra. A saudade bate no peito de todo mundo aqui. Não tem aqui quem não tenha um irmão, tio, um filho, um amigo lá no Brasil. Nós sabemos que é um país fantástico. Eu também quero retornar ao Brasil. Pretendo retornar ao Brasil nas próximas semanas", comentou.

Viagem aos EUA

O ex-presidente decidiu viajar para os Estados Unidos no último dia de seu mandato. Bolsonaro partiu em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) às 14h02 do dia 30 de dezembro.

Quando chegou em território americano, o político usou um visto diplomático para entrar. Porém, no final de janeiro, ele precisou de um novo visto por não ser mais presidente em exercício no Brasil. Bolsonaro trocou seu status para turista, na nova categoria, ele tem autorização para permanecer no país por apenas seis meses.

Em seu discurso, Bolsonaro voltou a colocar em dúvida o trabalho do TSE, sem apresentar provas.

O ex-presidente disse ser uma "satisfação muito grande" a forma como tem sido recebido em diversos países. "Ainda mais para quem, pelo menos diante do TSE, não conseguiu ser reeleito. Dizem que todos nós temos uma missão aqui na Terra. A minha missão ainda não acabou. Não interessa o que venha a acontecer comigo aqui ou no Brasil. E na forma como, por ventura, algo venha a acontecer".

Bolsonaro também falou sobre a situação dos Yanomami e disse acreditar que o governo de Lula não tem interesse em ajudar os indígenas. A justificativa que ele deu para sua afirmação foi que, segundo ele, a terra está "misturada, 40% da terra Yanomami está no Brasil e 60% está na Venezuela".

"Se não tivesse riqueza lá, não teria sido demarcado como terra indígena. Os interesses são muitos. Não há interesse em ajudar a população", afirmou.

Sobre os atos golpistas em 8 de janeiro

"Lamentamos pelas centenas de presos políticos, presos em campo de concentração no Brasil. Ninguém concorda com depredação de patrimônio público. Quem fez, tem que pagar. Mas a grande maioria não tem culpa de nada. E não é justo o que acontece com essas pessoas", disse Bolsonaro sobre os bolsonaristas presos por destruírem o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, no dia 8 de janeiro.

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