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Crime

Jovem brasileira pode ser condenada à pena de morte na Indonésia; saiba o motivo

Ela foi indiciada pelas autoridades na última sexta-feira (27)

A jovem autônoma Manuela Vitória de Araújo Farias, de apenas 19 anos de idade, foi presa pela polícia da Indonésia - Imagem: reprodução/Twitter @N_Carvalheira
A jovem autônoma Manuela Vitória de Araújo Farias, de apenas 19 anos de idade, foi presa pela polícia da Indonésia - Imagem: reprodução/Twitter @N_Carvalheira

Thais Bueno Publicado em 03/02/2023, às 16h21


Na passagem do dia 31 de dezembro de 2022 para o dia 1º de janeiro, logo no primeiro dia do ano de 2023, a jovem autônoma Manuela Vitória de Araújo Farias, de apenas 19 anos de idade, foi presa pela polícia da Indonésia.

Desde então, ela está detida no país esperando pela resolução de seu futuro. Na última sexta-feira (27), a moça foi indiciada por tráfico de drogas depois de ter sido pega em flagrante pelas autoridades do aeroporto com três quilos de cocaína em sua bagagem.

Por conta disso, ela foi denunciada por tráfico internacional de drogas e, caso seja condenada, pode sofrer pena de morte.

O caso

Conforme explicado por Davi Lira da Silva, advogado que defende a jovem, Manuela foi enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina. Ao fechar o pacote com eles, ela teria acesso à aulas de surfe e também à férias em Bali.

O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) soltou um comunicado oficial informando que está analisando o caso da brasileira presa no país asiático. 

"O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta, tem conhecimento do caso e vem prestando a assistência consular cabível à nacional, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local".

O advogado da jovem também argumentou que ela não sabia o que estava levando em sua bagagem. Na defesa, ele alegou que uma organização criminosa ofereceu para sua cliente um mês de férias na Indonésia com uma condição: ela deveria levar um pacote ao país asiático.

Os suspeitos, claro, não revelaram o que estava dentro da mala e nem permitiram que a moça questionasse. O advogado contou que ela negou, mas acabou sendo obrigada a fazer o "serviço". Diante disso, o profissional argumenta que a moça foi usada como "mula".

O processo de julgamento da brasileira na Indonésia dura cerca de oito meses - apenas depois deste tempo será possível saber se ela foi condenada ou não. Enquanto isso, ela está presa em um local de detenção provisória e provavelmente será transferida para um presídio.

Vale lembrar que, no ano de 2015, um caso muito parecido com o da jovem aconteceu. Outro brasileiro, de nome Marco Archer Cardoso Moreira, 53, foi executado na nação asiática. Em 2004, ele foi preso por tentar entrar no país com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta.

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