Fagner, do Corinthians, não poupa palavras e detona o ex-treinador Vítor Pereira

A saída de Vítor Pereira do Corinthians foi um tanto quanto intensa. Isso porque o alvinegro havia oferecido uma proposta de renovação para que VP seguisse no comando da equipe em 2023; contudo, ele alegou que, por motivos familiares, já que a sogra estava doente, queria voltar para Portugal para ficar com a família.

Duas semanas após deixar o comando do Timão, Vítor Pereira falou à ESPN que se sentia "muito triste, queria muito continuar esse projeto, mas não tem hipótese nenhuma. Não vou pra clube nenhum, não vou pra canto nenhum, eu vou pra casa. Tenho que ajudar a estabilizar um pouco o processo da doença da minha sogra, que está vivendo na minha casa. Por isso tenho que voltar pra lá".

No entanto, logo em seguida, após falar que "não assumiria outro clube no Brasil", começaram a aparecer os rumores de que o Flamengo estaria interessado em trazer o técnico português, que gostou do projeto e, depois, até mencionou uma proposta irrecusável do rubro-negro carioca.

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Após a saída de Vítor Pereira, os jogadores do Corinthians não estão poupando o treinador de críticas. Depois de Roger Guedes dizer que o ambiente no clube sem ele era mais leve, chegou a vez de Fagner detonar VP.

Vale lembrar que os dois foram os atletas do Corinthians que mais tiveram atritos com o ex-comandante do time.

Em entrevista para o programa Bola da Vez, da ESPN, o lateral direito comparou o trabalho do antigo técnico com o de Fernando Lázaro, atual comandante do Corinthians na beira do gramado. Segundo ele, existem diferenças "em tudo".

"Eu acho tudo (diferente). Sinceramente, tudo. É o dia a dia. As instruções. A maneira de lidar, olho no olho. Foi muito difícil. Não só comigo, acho que com todo mundo. Desde que eu cheguei ao Corinthians, a gente sempre teve um ambiente muito bom. E no ano passado... A gente conseguiu ainda chegar em finais, poderia até ter ido melhor no Campeonato Brasileiro. Mas são coisas que as vezes fogem né, você tem que obedecer".

Em seguida, o camisa 23 do alvinegro paulista não poupou palavras e, para falar sobre o caráter de Vítor Pereira, comentou sobre a ida dele para o Flamengo depois de tudo.

"Não é que faltava diálogo. São coisas que não condiziam com aquilo que ele pedia. Um exemplo: que ele fez mesmo na troca de um clube para outro. Isso aí já mostra um pouco do que você pode esperar daquela pessoa. Eu não posso te falar uma coisa aqui e chegar ali nas suas costas e falar outra".

Para explicar toda o dia a dia com o português, Fagner mencionou uma situação que ocorreu em 2022 depois do elenco ter sido derrotado por 2x0 nas quartas de final da Copa do Brasil, contra o Atlético Goianiense. Na coletiva, VP criticou duramente os jogadores. O lateral afirmou que foi ali "onde as coisas podem ter desandado".

"Talvez. Mas assim... Esse foi um jogo que tinham 3 jogadores voltando de lesão. Eu, Maycon e Willian. No jogo contra o Atlético-MG a gente vira no ultimo minuto, Fábio Santos de pênalti. E aí a gente vai para o jogo contra o Atlético-GO, um jogo que a gente não conseguiu jogar, um time muito bom. Perdemos o primeiro jogo, que é... não é um bicho de sete cabeças. É um resultado difícil? É. Mas você tinha condições de reverter", declarou.

"E assim... a partir do momento que você vai para a entrevista e expõe que seu time está saciado, acho que você quer dizer que seu time não tem apetite pela vitória. Não tem fome de vitória. Como assim? Minha vida se resume a vencer. Saio de casa todo dia para treinar, para tentar evoluir, porque quero vencer. Minha vida inteira foi essa competição, assim como a de todos os meus companheiros lá. A gente se cobra. A gente se olha e fala 'vamos, vamos, vamos'. Então, a partir do momento que você expõe, 'ah, porque os atletas que voltaram de lesão...'. Ué, mas calma aí".

"No jogo passado tinha atletas que voltaram de lesão também que jogaram. Ganhou. Por que você não falou a mesma coisa? Então eu acho que essa linha de 'ganhou está tudo bom, perdeu eu vou expor um ou dois'... acho que tem que ter um consenso. Ou eu vou expor mesmo, na vitória ou na derota, ou não. Lá dentro eu resolvo meus problemas e aqui fora eu falo o politicamente correto", concluiu.