Notícias sobre a morte de colegas de profissão, pandemia e lembranças da carreira já tiraram lágrimas dos âncoras da TV Globo
Vitória Tedeschi Publicado em 09/01/2023, às 18h22
Durante muito tempo foi pregado nas faculdades de jornalismo e no dia a dia da profissão que jornalistas nunca deveriam demonstrar suas emoções ao transmitir notícias para o público. Assim, os telespectadores também se acostumaram a esperar sempre uma postura séria e firme dos repórteres, por mais difícil que seja a pauta em questão.
No entanto, atualmente, esse conceito tem se transformado, e com influência de grandes nomes do jornalismo, os jornalistas tem se permitido mais sentir o peso da informação que passam e se emocionar de vez em quando, o que era impensável há algumas décadas.
Um bom exemplo dessa mudança é o Jornal Nacional, que, apesar de ser reconhecido pela sisudez de seus âncoras, adquiriu uma nova cara, mais dinâmica, nos últimos anos. Especialmente porque Renata Vasconcellos e William Bonner permitem se emocionar na bancada de um dos principais jornais do país.
Recentemente, os jornalistas caíram no choro ao vivo no comando do JN. Principalmente depois da pandemia da Covid-19, Bonner e Renata têm mostrado comoção à frente do principal telejornal da Globo.
Em 30 de abril de 2020, William Bonner se emocionou com uma reportagem sobre como as pessoas têm lidado com a quarentena. A rotina de uma carioca incluía, todos os dias, às 18h, um show de cantoria para os vizinhos pela janela.
"O Bonner ficou emocionado", disse Renata, quando o telejornal voltou para a bancada. Comovido, ele respondeu: "Não, eu não. Quase não me emociono". A outra âncora então propôs: "Eu vou encerrar, tá?".
E o Tio Bonner que ficou emocionado?! 😍#JornalNacional#JNpic.twitter.com/4qTzW7m6La
— Luiz Ricardo (@excentricko) May 1, 2020
Em 15 de outubro de 2021, quando a GloboNews completou 25 anos, Renata Vasconcellos chorou no JN ao relembrar sua trajetória no canal de notícias. "Em graus diferentes, estamos todos muito emocionados aqui", comentou Bonner, parabenizando a colega em seguida.
"Em graus diferentes, estamos todos muito emocionados aqui. Então, cabe a mim dizer que logo mais...", começou Bonner, com a voz embargada. Em seguida, ele deu a mão para a companheira de bancada: "A gente fica muito... Trabalho duro e muita emoção", acrescentou Renata, chorando. "Parabéns para a parte que lhe cabe nisso", completou Bonner.
.@GloboNews, muita emoção por aqui ❤️ #JornalNacionalpic.twitter.com/Y9oswbwDO5
— TV Globo 📺 (@tvglobo) October 16, 2021
Em 2003, quando o Brasil acordou de luto com a morte de Roberto Marinho, fundador da Globo que morreu aos 98 anos, ele perdeu a postura. Como âncora de um dos telejornais de maior audiência da emissora, ele foi responsável por ler a carta dos filhos de Marinho no JN.
Na ocasião, William Bonner não conseguiu conter as lágrimas e por duas vezes precisou parar para se recompor. Esse ficou conhecido como um dos episódios mais tristes da TV brasileira e fez com que o jornalista ganhasse apoio no país inteiro. As pessoas se solidarizaram com a emoção do apresentador.
Já em 10 de junho de 2021, dia de seu aniversário, foi a vez de Renata Vasconcellos não conseguir conter o choro. Ela se emocionou ao falar sobre o projeto da Globo sobre os bastidores da equipe de jornalismo da emissora em meio aos ataques à imprensa.
"Nós, jornalistas, damos as notícias que nós próprios vivenciamos. Nós somos jornalistas. E nós estamos aqui por você, pelo nosso país, cada um de nós. Essa é a nossa missão. É como a gente pode ajudar", resumiu a âncora naquela ocasião.
A partir desta quinta-feira (10), nos intervalos da programação, a Globo vai dividir com você alguns momentos da intimidade de nós, jornalistas. Você vai ouvir mensagens de áudio de celular que nós trocamos com parentes nossos, com as nossas famílias. pic.twitter.com/prMjoZjbAQ
— Jornal Nacional (@jornalnacional) June 11, 2021
Mais recente, em 25 de outubro de 2022, a morte da jornalista Susana Naspolini (1972-2022) comoveu os colegas na bancada do JN. Renata nem sequer conseguiu se despedir com o tradicional "Boa noite", enquanto chorava. Já Bonner deixou um "até amanhã", também emocionado.
A reportagem exibida antes mostrou o carinho que a repórter, vítima de câncer, tinha com os entrevistados. Ela ficou conhecida por seu jeito autêntico e descontraído nas matérias que realizava no Rio de Janeiro, com foco nos problemas enfrentados pela população.
O jornalismo perdeu, nesta terça-feira (25), uma das profissionais mais talentosas, comunicativas e queridas do público do Rio de Janeiro. Depois de uma batalha longa contra o câncer, morreu, aos 49 anos, a repórter Susana Naspolini. #JNpic.twitter.com/eIsyk2mhcZ
— Jornal Nacional (@jornalnacional) October 26, 2022
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