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Acidente

Bebê de um ano e sete meses fica com rosto desconfigurado após ataque de cachorro

A criança estava na casa da babá quando o acidente aconteceu

Bebê de um ano e sete meses fica com rosto desconfigurado após ataque de cachorro - Imagem: arquivo pessoal cedido a IstoÉ
Bebê de um ano e sete meses fica com rosto desconfigurado após ataque de cachorro - Imagem: arquivo pessoal cedido a IstoÉ

Nathalia Jesus Publicado em 26/01/2023, às 09h10


No dia 18 de janeiro, Kawany da Silva, mãe do pequeno Théo Lemos, um bebê de um ano e sete meses, foi surpreendida com uma notícia desesperadora minutos após ter deixado o filho na casa da babá para ir ao curso de enfermagem, em São Vicente, cidade litorânea de São Paulo.

Após percorrer poucos metros de distancia da casa da cuidadora, a mãe do menino foi chamada pela babá, que informou que o bebê havia sido atacado pelo cachorro da casa, uma mistura de labrador com pastor alemão.

Ao chegar no local, Kawany já se deparou com os estragos. Théo havia sido mordido no rosto e parte da bochecha da criança foi desconfigurada. O ataque do animal de estimação também arrancou parte da orelha direita do bebê e atingiu a parte superior do olho do menino.

Em entrevista para a revista IstoÉ, Kawany disse que a sua sorte foi que, no momento em que constatou os ferimentos do filho, uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) passava pelo local.

A vítima foi levada para o Hospital Municipal de São Vicente, onde recebeu uma vacina anti-rábica, uma vez que o cachorro não era vacinado, e também os primeiros socorros.

“Os médicos queriam apenas suturar, mas eu disse que era necessária uma cirurgia”, disse Kawany. A equipe concordou com a mãe, no entanto, informou que naquela unidade de saúde não havia profissionais capazes de fazer o procedimento, por isso sugeriram que a criança fosse levada á Santa Casa de Santos.

“Eu concordei e achei que nós seríamos levados de ambulância, mas os médicos disseram que teríamos de ir por meios próprios, pois a ambulância não podia levar. Ainda tive de assinar um termo como se estivesse fugindo do hospital, evadindo dali. Como estava desesperada com a situação do meu filho, acabei assinando”.

Em nota, a Prefeitura de São Vicente informou que a mãe e a criança foram atendidas e acolhidas pelo Hospital Municipal da cidade. Porém, precisou ser avaliada por um bucomaxilo.

Segundo a Prefeitura, depois da avaliação com o especialista, a mãe do bebê não quis prosseguir com o atendimento e assinou um termo para oficializar a saída de Théo daquela unidade para que ele fosse encaminhado a Santa Casa.

“Como a responsável não quis dar sequência ao atendimento, não foi solicitada vaga para a criança na Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross). A Secretaria da Saúde (Sesau) esclarece que está instaurando sindicância para apurar os fatos”, disse o órgão em nota.

No momento, Théo se recupera da cirurgia reparadora para a qual foi submetido na Santa Casa e o seu estado de saúde é estável. “Como escorre secreção da cirurgia, ele permanece em observação. Ainda está tomando o ciclo de vacinação anti-rábica e recebendo dois tipos de antibióticos por meio de aplicação intravenosa. A alta pode levar de sete a 14 dias”, afirmou Kawany.

Contudo, a mãe do menino agora luta para conseguir arcar com os custos da internação do pequeno na unidade de saúde. Ao todo, até o momento, os custos já passaram de R$ 10 mil.

“Precisamos pagar a diária da Santa Casa, que é em média R$ 900, e todos os materiais usados. Queremos que ele conclua o tratamento aqui, já que a gente não teve um suporte de qualidade no Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse.

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